Desabamento foi "erro grosseiro". Câmara é responsável, assume Medina
Fernando Medina classificou a perfuração indevida, que provocou a queda de parte da laje do túnel do metropolitano na Praça de Espanha, como um "erro grosseiro". O autarca assegurou ainda que o incidente "decorre da responsabilidade de uma obra da Câmara".
© Global Imagens
País Metro Lisboa
Em conferência de imprensa ao final da manhã desta quarta-feira, o autarca Fernando Medina classificou como um "erro grosseiro" o incidente que ocorreu ontem no Metro de Lisboa. "No decorrer de uma obra à superfície foi feito algo que nunca deveria ter sido feito, uma perfuração que nunca devia ter acontecido", disse.
O autarca socialista transmitiu, porém, uma mensagem de "confiança" e de "tranquilidade" a todos os utilizadores do metropolitano de Lisboa, garantindo que os "túneis não apresentam nenhum tipo de problema" que a Câmara tenha conhecimento.
Como já tinha sido anunciado, Medina confirmou que foi aberto um inquérito, sendo que a Câmara de Lisboa pediu "ao bastonário da Ordem dos Engenheiros que designasse um especialista para aferir a responsabilidade", pretendendo-se apurar se o desabamento foi motivado pela "conceção do projeto, pela execução, pela fiscalização ou até por uma combinação destes fatores".
Como avançou Fernando Medina, está agora a ser realizado "um trabalho de definição de um plano de intervenção para que se possam repor as condições de segurança no troço do túnel e para que a circulação possa ser retomada" na Linha Azul que liga a Reboleira a Santa Apolónia, e cujo troço entre as Laranjeiras e o Marquês de Pombal está cortado.
Apesar deste incidente, não há, no entendimento da autarquia de Lisboa, "razão para nenhuma alteração nos calendários da obra", que teve início no dia 13 de janeiro e que deverá estar concluída no final do ano.
O líder do executivo camarário não deixou também de lamentar o "incómodo e perturbação causada a todos os cidadãos", não só aos utilizadores que circulavam na composição atingida, mas também às pessoas que são afetadas pelo não funcionamento da linha do metro naquele troço.
Recorde-se que a queda de parte da laje do túnel do metropolitano, na estação da Praça de Espanha, fez quatro feridos ligeiros e obrigou à retirada de cerca de 300 pessoas que seguiam na composição. Devido a este incidente, que ocorreu na tarde desta terça-feira (29), a circulação na Linha Azul foi interrompida e a Carris está a assegurar o transporte alternativo na zona afetada.
Reveja aqui a conferência de imprensa sobre o acidente no túnel do Metro na Praça de Espanha:
Conferencia de imprensa sobre o acidente com o tunel do Metro na Praca de Espanha https://t.co/cSAiDPEg4z
— Lisboa (@CamaraLisboa) September 30, 2020
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