António Costa comentou este domingo o aumento das infeções pelo novo coronavírus no país, defendendo que o Serviço Nacional de Saúde mantém a capacidade de resposta e reiterando que o país não pode voltar ao confinamento.
"Estamos a ter, como é sabido, desde meados de agosto, uma subida constante das infeções, em linha com os vários países europeus. São infeções que, felizmente, estão a ter menor gravidade do que tínhamos no início da crise, mas que não permite a ninguém aliviar os cuidados que todos devemos ter. Isso significa que devemos ter todos uma grande disciplina", enfatizou o primeiro-ministro, insistindo que o país não pode voltar a paralisar como paralisou em março.
"Agora, não podemos recorrer, como recorremos em março, a confinamentos e à paralisação do país. O rendimento das famílias, os empregos,... as empresas não aguentariam isso", reafirmou o chefe do Executivo.
Em declarações aos jornalistas, António Costa voltou a referir que, agora, "estamos exclusivamente nas nossas próprias mãos e na forma como cumprimos as regras". "Se as cumprirmos todas, vamos controlando a pandemia, se não cumprirmos, temos situações dramáticas como alguns estão a viver", alertou.
O primeiro-ministro considerou ainda a evolução da pandemia no país "significativa", no entanto, "do ponto de vista da pressão no SNS tem-se mantido estável". "E o reforço que tem vindo a ser feito também nos dá conforto", acrescentou.
Portugal ultrapassou hoje a barreira dos dois mil óbitos devido à Covid-19, ao somar mais 10 mortes. De acordo com o boletim da DGS, registaram-se hoje mais 904 casos de infeção.