O arguido, que se encontra detido a cumprir uma pena por outro processo, está acusado dos crimes de homicídio agravado na forma tentada, detenção de arma proibida, detenção de arma proibida em estabelecimento de diversão e uso de arma sob efeito de álcool.
Os factos criminosos ocorreram na madrugada de 31 de março de 2018, num café em Argoncilhe, concelho de Santa Maria da Feira, quando o arguido, por razões desconhecidas, terá começado uma discussão com outros dois clientes, tendo disparado um tiro que atingiu um deles num braço.
"Não dei tiro nenhum. Foi um deles que disparou", afirmou o arguido perante o coletivo de juízes, garantindo que não tinha qualquer arma.
O suspeito explicou ainda que os dois homens lhe tinham exigido o dinheiro que trazia no casaco e, quando este recusou, se seguiram as agressões e o disparo.
As duas supostas vítimas não compareceram no Tribunal, porque as autoridades não as conseguiram notificar.
A acusação do Ministério Público (MP) refere que o arguido levou a arma para o interior de um estabelecimento de diversão noturna, local onde se encontravam reunidas diversas pessoas, e "sabendo da perigosidade que tal representava, não se coibiu ainda de usar tal arma para efetuar aquele disparo".
Além do disparo, os investigadores dizem o arguido terá ameaçado os outros dois indivíduos com um copo de vidro partido. No entanto, estes conseguiram retirar-lhe o copo da mão e imobilizaram-no até à chegada das forças policiais.
De acordo com a acusação, na altura dos factos o arguido apresentava uma taxa de 2,8 gramas de álcool por litro de sangue.