"Mais do que estar a lançar para o debate público imensas ideias contraditórias sobre o que se vai fazer nas próximas semanas era importante montar este mecanismo de aconselhamento" afirmou hoje, em Portimão, a coordenadora nacional do BE.
Falando aos jornalistas após uma visita ao Hospital de Portimão, Catarina Martins revelou que o BE "apoia medidas de controlo da pandemia", mas que quando se fala em "eventos que podem ser importantes para economia e devem ter público" ao mesmo tempo que se fala "que pode haver um confinamento geral", a mensagem pode não ser facilmente entendida pela população.
"Este tipo de sinais são contraditórios, confusos e não ajudam a uma comunidade que colabore toda ela no controlo da pandemia. O que temos de saber é de que tipo de restrições estamos a falar e para responder a quê e a que cenário" esclareceu.
Em causa está um proposta do BE para a criação de uma comissão de acompanhamento técnico científica que "pusesse cenários e propostas em cima da mesa, com o melhor que a ciência tem", defendendo que o país tem "especialistas nesta matéria que têm feito um bom trabalho"e que "hoje se sabe mais sobre o que sabia em março".
Questionada pelos jornalistas sobre a forma de materialização da comissão, defendeu que o Governo pode avançar com essa proposta "sem precisar de uma indicativa parlamentar", poupando algum tempo e que se o executivo "quiser ter" a capacidade de acompanhar a pandemia com aconselhamento técnico e cientifico "em pouco tempo é capaz de o fazer".
Sobre a visita ao Hospital de Portimão, Catarina Martins revelou ter-lhe sido transmitia "uma vez mais" a preocupação com as "diferenças remuneratórias" das horas extraordinárias pagas aos médicos do Serviços Nacional de Saúde e aquelas que são pagas aos prestadores de serviços externos que em contribuem para a valorização dos profissionais de saúde do SNS.