À data de hoje, segundo fonte deste hospital, estão 100 doentes internados com infeção pelo novo coronavírus, 16 dos quais em cuidados intensivos.
"Quando tivermos de abrir mais camas, o hospital está preparado e tem a flexibilidade necessária para o fazer", disse à agência Lusa fonte do Hospital de Santo António.
A mesma fonte precisou atualmente existem seis vagas em enfermaria e seis vagas em cuidados intensivos, de um total de 90 e 22 camas, respetivamente.
"A localização de novas enfermarias dedicadas à covid-19 depende da gestão dos doentes, sendo possível aumentar o número de camas", frisou fonte do Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP) que inclui o Hospital de Santo António.
Admitindo que "em cerca de 10 dias", esta unidade hospitalar acolheu o dobro de infetados pelo novo coronavírus, o CHUP avançou que atualmente a média de idades dos doentes internados no Santo António é de 65 anos, sendo que o doente mais novo tem 22 e o mais velho 79.
"A atividade programada mantém-se sem adiamentos. O hospital tem conseguido manter o plano de cirurgias e de consultas", acrescentou a mesma fonte.
Na quinta-feira, o Hospital de Santo António, no Porto, anunciou que iria disponibilizar a partir do fim de semana mais 17 camas para doentes covid-19 ao abrir, para "antecipar a procura", uma enfermaria da área de Medicina Interna.
O CHUP referiu à agência Lusa que a abertura da "nova enfermaria" prendia-se com "questões estratégicas".
Portugal contabiliza hoje mais 27 mortos relacionados com a covid-19 e 2.447 novos casos confirmados de infeção, segundo o boletim epidemiológico da DGS.
A região Norte continua a registar o maior número de novas infeções diárias, hoje com mais 1.633 casos, totalizando 51.932, e 1.030 mortos, dos quais oito nas últimas 24 horas, desde o início da pandemia em março.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 43 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.