Fundada na década de 1960 como instituição semi-pública de ensino particular e cooperativo, mas funcionando em regime privado desde o fim dos contratos de associação com o Estado em 2016, essa escola do distrito de Aveiro decidiu apostar num ensino mais tecnológico e acelerou o reforço da sua oferta de equipamento informático na sequência da pandemia de covid-19.
Entre 2017 e 2019, o colégio já adquirira 250 'iPads' para os alunos do 1.º Ciclo ao Secundário, mas esses chegavam a ser partilhados por dois a três estudantes, pelo que, para aumentar a segurança sanitária face ao vírus SARS-CoV-2, a escola quis garantir equipamento de trabalho individual para toda a comunidade, o que passou pela compra de mais 300 equipamentos este ano.
"Este investimento tecnológico aumenta ainda mais a segurança do colégio porque irá permitir que, do 1.º Ciclo ao Secundário, cada aluno disponha de equipamento individual tanto na sala de aula como em casa", disse à Lusa a diretora da instituição, Joana Vieira.
Realçando que, além dessa utilização mais segura no atual contexto pandémico, a referida oferta tecnológica, que representa um investimento de 220 mil euros, também "assegura inovação pedagógica e reforça a literacia digital", a mesma responsável adianta: "O ano letivo de 2019/2020 trouxe-nos uma experiência educativa completamente inédita e fomos capazes de dar resposta ao desafio do confinamento porque esta inovação pedagógica, em que a tecnologia assume um papel fundamental, já estava em curso. Professores e alunos estavam preparados para ensinar e aprender à distância, e todos tinham autonomia".
O novo coronavírus responsável pela presente pandemia de covid-19 foi detetado na China em dezembro de 2019 e já matou mais de um 1,1 milhões de pessoas em todo o mundo, infetando mais de 43,5 milhões.
Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados se registaram a 02 de março, o último balanço da Direção-Geral da Saúde indicava 2.371 óbitos entre 124.432 infeções confirmadas.
Após o fecho da generalidade das escolas em meados de março devido ao risco de contágio, o que obrigou à implementação do ensino à distância via Internet ou através de aulas emitidas pela televisão, os estabelecimentos de ensino reabriram em setembro com medidas de segurança específicas, como maior distanciamento entre alunos, uso obrigatório de máscara, refeições em formato 'take-away', etc.