"news_bold">"Entendi que devemos aguardar tranquilamente pela deliberação do Concelho de Ministros que decorrerá este sábado", afirmou o autarca, num vídeo publicado hoje na sua página da rede social 'Facebook', depois de uma reunião com a Comissão Municipal da Proteção Civil (CMPC).
Rui Moreira afirmou que "não é razoável tomar medidas avulsas" e que as mesmas, ao não serem "entendíveis para todos", aumentam a "frustração coletiva" e, que por esse motivo, só tomará uma decisão depois de o Governo anunciar as medidas de mitigação da pandemia.
"Por um lado, acataremos as decisões que forem tomadas por mais penosas que elas sejam e, algumas vão ser penosas, e ficaremos também a saber quais serão as competências que os municípios passarão a ter. Depois, na próxima semana, aqui estarei para anunciar as medidas que teremos de tomar e que dependem de nós", destacou.
O autarca afirmou ainda que não vai fazer "pressão pública" e que é tempo de confiar "naqueles que têm as competências", nomeadamente, o Governo e o Parlamento.
"Aquilo que não farei é anunciar medidas que não dependem de mim, nem farei pressão pública relativamente a esta matéria", ????observou, apelando aos portuenses para cumprirem as normas de higiene e segurança.
Hoje, a Câmara de Matosinhos decretou o encerramento dos estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços às 21:00, dos restaurantes às 22:00 e o reforço do policiamento a partir deste fim de semana.
Em conferência de imprensa, a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro afirmou que a adoção destas medidas "vai permitir combater esta fase mais dura", sem que seja necessária "uma rutura dos serviços de saúde".
A autarquia vai propor ainda ao Governo que decrete o dever de permanência no domicílio, exceto em circulações autorizadas, e que implemente, até 15 de novembro, o ensino à distância para o 3.º ciclo, secundário, ensino profissional e universitário.
Também hoje, o presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil do Porto e autarca de Gondomar, Marco Martins apresentou uma proposta ao Governo para que, em função do aumento crescente do número de casos de covid-19 na região, decrete o recolher obrigatório no distrito.
Em declarações à agência Lusa, Marco Martins disse ter falado com a maioria dos autarcas do distrito e que todos concordaram que são necessárias "medidas mais graves, mas medidas que façam o equilíbrio entre a saúde pública e a economia".
Também o presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP) disse hoje querer que o Governo decrete o Estado de Emergência, generalizando as medidas de combate à covid-19 "a todo o país" de forma "coerente e homogénea".
"Neste momento é difícil defender outra coisa que não seja o Estado de Emergência. Tem de existir cobertura jurídica e legal para tomar medidas imprescindíveis. Isto não se resolve com medidas milagrosas. As medidas em concelhos em concreto não são viáveis. Temos interdependências regionais e pendularidades diárias", disse Eduardo Vítor Rodrigues, líder da AMP e presidente da Câmara de Gaia.
Em Portugal, morreram 2.395 pessoas dos 128.392 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.