"Estas comissões de cogestão são compostas pelo ICNF em articulação com os municípios, a que se juntam intuições de ensino, associações de desenvolvimento e outros agentes, estando definido que haverá sempre uma autarquia que vai presidir a este novo modelo de gestão das áreas protegidas", explicou à Lusa Sandra Sarmento.
A responsável acredita que com esta alteração orgânica, efetuada em maio de 2019, há capacidade de "ultrapassar algumas dificuldades" que existiam nestes territórios onde há parques naturais ou outras áreas protegidas.
"Estamos preparados para o diálogo e temos feito um esforço de proximidade com as autarquias, e isso é o que tem vindo a atenuar e pacificar a relação com as populações que habitam em áreas protegidas", vincou a responsável.
Segundo Sandra Sarmento, todas as cinco áreas protegidas da região Norte já demonstraram vontade em avançar como o modelo de cogestão, sendo elas o Parque Natural do Douro Internacional, Parque Natural de Montesinho, Parque Nacional Peneda - Gerês, Parque do Alvão e Parque Natural do Litoral Norte.
"Faltam ainda assinar dois protocolos de cogestão na região Norte, que são respeitantes ao Parque Natural Douro Internacional e o Parque Natural de Montesinho, onde estamos a dar os primeiros passos nesta matéria", disse Sandra Sarmento.
A diretora Regional do Norte do ICNF é da opinião que o desenvolvimento destes territórios passa também pela conservação da natureza, sendo importante haver uma estratégia de valorização.
No caso da área protegida do Douro Internacional, a Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS) vai assumir a gestão desta área protegida.
Ao longo de três anos estarão disponíveis cerca de 100 mil euros, provenientes do Fundo Ambiental, para fazer face aos encargos e orientações técnicas que a AMDS terá com a cogestão desta área protegida transfronteiriça.