Atendendo ao atual contexto de saúde pública e no decorrer das reuniões que tem vindo a manter com o Ministério da Saúde ao longo da última semana, o grupo Lusíadas Saúde (LS) informa, através de um comunicado enviado às redações, que "está a reajustar o perfil assistencial das suas unidades a norte do país - Hospital Lusíadas Porto e Hospital Lusíadas Braga – para contribuir de forma ainda mais ativa no combate à pandemia e à imperativa necessidade de atuar nas consultas, diagnóstico e tratamento das demais patologias não Covid-19".
O grupo privado de saúde refere que, paralelamente, desde ontem, "tem vindo a ter contactos diretos com a ARS Norte e iniciado o processo de adesão ao acordo que, para além da duplicação da capacidade instalada para SIGIC [Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia do Serviço Nacional de Saúde] – já informada e em operação –, irá permitir o internamento de doentes com patologia médica em fase aguda".
Por outro lado, de acordo com o grupo, "está ainda a ser ultimada a negociação de capacidade com um Hospital de referência, no Porto, para poder acelerar ainda mais a execução das cirurgias urgentes em lista de espera, num total de 25 camas médicas e cirúrgicas".
O Hospital Lusíadas Porto está a estudar "a possibilidade de ajustar o seu perfil assistencial para poder contribuir para o internamento de doentes com Covid-19" e aguarda a atualização do respetivo protocolo por parte do Ministério da Saúde, que "deverá assentar na experiência associada à duração média de internamento em enfermaria e em cuidados intensivos e nos respetivos custos efetivos suportados pelos hospitais do SNS".
"A LS reitera a sua disponibilidade para colaborar com o Ministério da Saúde no combate à pandemia, bem como na redução das necessidades urgentes não Covid da população portuguesa", pode ler-se na mesma nota.
O grupo privado de saúde realça ainda que, desde o fim do período de confinamento, "tem vindo a atuar ativamente no apoio aos cidadãos portugueses contribuindo com a sua atividade diária, nos seus 13 hospitais e clínicas, para a diminuição das manifestas necessidades no âmbito da atividade assistencial e cirúrgica dos seus clientes tradicionais e da realização de mais de 1.500 cirurgias ao abrigo do programa Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) do Serviço Nacional de Saúde.
Tendo em conta o despacho da ministra da saúde que dá luz verde aos hospitais do SNS para suspenderem a atividade assistencial não urgente, a Lusíadas Saúde antevê um "crescimento ainda mais acentuado das listas de espera, que atualmente já se encontram na ordem de 1 milhão de consultas, 100 mil exames e mais de 60 mil cirurgias".
Desde o início da pandemia, o país registou 156.940 casos positivos de Covid-19 e 2.694 óbitos. Esta quarta-feira, 121 concelhos do país onde o risco de contágio é considerado elevado estão sujeitos a regras mais apertadas. Entre as medidas tomadas encontra-se o dever cívico de permanência em casa, a obrigatoriedade do teletrabalho para as empresas que o possam aplicar e o encerramento do comércio às 22 horas.