Rio diz que Chega não integra Governo e que PS "continua a mentir"
O presidente do PSD, Rui Rio, respondeu hoje a parte das críticas de António Costa via Twitter, insistindo que o Chega não irá integrar o Governo Regional dos Açores e voltando a acusar os socialistas de mentir.
© Global Imagens/Gerardo Santos
Política Rui Rio
Rio respondeu, em concreto, às críticas do secretário-geral socialista que o acusou de se ter afastado "dos bons exemplos da chanceler Angela Merkel na Alemanha, que recusou liminarmente qualquer acordo com a extrema-direita na formação de governos regionais" ou do Partido Popular (PP) de Espanha, que rejeitou "juntar-se à extrema-direita na votação de uma moção de censura".
"A verdade: Merkel recusou a Afd nos Governos regionais, tal como o Chega que não vai para o Governo dos Açores. O PP espanhol tem entendimentos parlamentares com o Vox em três regiões autónomas: Madrid, Andaluzia e Múrcia", referiu Rio, na publicação mais recente que fez no Twitter sobre esta matéria, e na qual partilha uma notícia com as críticas de António Costa.
Tal como já tinha feito em relação a declarações de sexta-feira do secretário-geral adjunto, José Luís Carneiro, Rio reiterou que "o PS continua a mentir".
"Tudo lhe está a correr mal", conclui.
A verdade: Merkel recusou a Afd nos Governos regionais, tal como o Chega que não vai para o Governo dos Açores.O PP espanhol tem entendimentos parlamentares com o Vox em três regiões autónomas: Madrid, Andaluzia e Múrcia.O PS continua a mentir. Tudo lhe está a correr mal. https://t.co/779JB2oQO5
— Rui Rio (@RuiRioPSD) November 7, 2020
O secretário-geral do PS considerou hoje que o PSD "ultrapassou a linha vermelha" ao ter um acordo com o Chega para a viabilização de um Governo nos Açores e defendeu que Rui Rio deve explicações ao país.
"A Comissão Nacional do PS salienta o facto da maior gravidade que constitui o PSD ter ultrapassado a linha vermelha de toda a direita europeia democrática ao celebrar um acordo com um partido de extrema-direita xenófoba", criticou António Costa, no final da reunião partidária.
Para o secretário-geral do PS, "independentemente daquilo que diga o acordo que é mantido secreto, o simples facto de ter havido um acordo entre um partido de direita democrática e extrema-direita xenófoba é em si próprio da maior gravidade".
"A normalização da extrema-direita xenófoba é abrir a porta aos inimigos da democracia e nunca se pode esquecer que, quem é xenófobo, ofende o princípio basilar da igualdade da pessoa humana", disse Costa.
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