O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, coordenou, esta terça-feira, a reunião da Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência e, no final, fez uma declaração onde referiu que se procedeu "a uma análise da evolução da situação epidemiológica" e das medidas decretadas pelo Estado de Emergência.
"A evolução que fazemos recomenda uma atenção e uma prevenção máximas por parte de todos os cidadãos", uma vez que a "evolução epidemiológica é muito grave a nível global", apontou o ministro, recordando que ultrapassámos esta semana os 50 milhões de pessoas infetadas no mundo e mais de 1,3 milhões de vítimas mortais.
Por isso, prosseguiu Eduardo Cabrita, "uma resposta preventiva muito forte e antecipada é aqui fundamental para que possamos travar a tendência de crescimento de pandemia que se verifica em Portugal", especialmente nos meses de outubro e nestes primeiros dias de novembro.
Recordando os dados epidemiológicos hoje revelados pela DGS, o governante recordou que "se olharmos desde dois de março, os números de infetados diários mais elevados colocam-se todos eles dentro do último mês".
"Travar o crescimento da pandemia" é, nesse sentido, "a melhor e única forma de solidariedade ativa, que todos podemos manifestar realtivamente aos profissionais de saúde", destacou também Eduardo Cabrita.
Todas as (novas) medidas do novo Estado de Emergência. Consulte-as aqui
Pelo que, prosseguiu o ministro, "o conjunto de medidas adotadas visam reduzir significativamente os contágios, de modo a que este crescimento possa ser travado". Mas, reiterou mais uma vez, "para travar a tendência de crescimento e para permitir que os serviços de saúde tenham uma capacidade de resposta que permita aumentar o número de recuperados é essencial uma restrição das atividades não essenciais".
E a verdade é que, "nestes dois dias de limitação de circulação na via pública verificamos uma adesão generalizada dos cidadãos" e uma "baixíssima" circulação, com os cidadãos interpelados pelas autoridades a invocarem, na generalidade, razões que justificavam a presença na via pública, afirmou Eduardo Cabrita, reforçando o "apelo ao respeito por essas regras que fazemos".
Governo decreta recolher obrigatório em 121 concelhos. Recorde quais são
De lembrar que a Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência faz o acompanhamento e produz informação regular sobre as medidas em vigor no território do continente, no âmbito do Estado de Emergência.
Ministro da Administração Interna coordena a reunião da Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência, para acompanhamento das medidas em vigor no território do continente, no âmbito do Estado de Emergência pic.twitter.com/lPKFCwxbMN
— Adm.Interna PT (@ainterna_pt) November 10, 2020
Integram esta estrutura representantes da Guarda Nacional Republicana (GNR), da Polícia de Segurança Pública (PSP), do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), bem como secretários de Estado das várias áreas governativas e de coordenação regional.
PSP identificou dez pessoas a circular sem justificação
A PSP identificou 10 pessoas que circulavam sem justificação durante as duas primeiras noites de recolher obrigatório decretado para conter a pandemia de Covid-19, avançou hoje à Lusa o porta-voz daquela força de segurança.
"As duas primeiras noites correram muito bem. Não há registo de detenções, nem autos", disse Nuno Carocha, sublinhando que as pessoas que andam nas ruas entre as 23h e as 5h aceitam a abordagem dos agentes da Polícia de Segurança Pública, o que facilita a fiscalização.
Reveja aqui a declaração do ministro da Administração Interna:
Em direto: Briefing após Reunião da Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência https://t.co/t6dqpR0x0f
— República Portuguesa (@govpt) November 10, 2020