Segundo revela a estrutura que, no distrito de Aveiro, também gere os hospitais de São João da Madeira e Oliveira de Azeméis, num universo global de cerca de 350.000 utentes, a medida deve-se à evolução das necessidades crescentes de tratamento a infeções pelo vírus SARS-CoV-2 nos vários municípios da região.
"Está neste momento a ser preparado um espaço para a ativação de mais 20 camas de cuidados intensivos, o que nos permitirá dar uma resposta acrescida às necessidades previsíveis para os próximos dias e semanas. Espera-se que esta nova área de tratamento comece a receber os primeiros doentes na manhã da próxima quarta-feira, dia 18 de novembro", disse à Lusa fonte oficial do CHEDV.
Esta madrugada, o Hospital São Sebastião tinha internados em enfermaria específica para covid-19 um total de 98 doentes, aos quais se juntavam ainda 21 utentes na unidade de cuidados intensivos.
O CHEDV já estabeleceu "um acordo com uma unidade privada da região, mediante o qual pode aí internar até 30 doentes do serviço de medicina interna sem patologia covid". A transferência verifica-se apenas nos casos que exibam "critérios clínicos adequados", o que, nesta fase, justifica que cerca de 10 doentes tenham passado para esse hospital privado.
O CHEDV admite que "a evolução da pandemia na região tem sido muito expressiva e [que] o crescente número de positivos à covid-19 a carecer de internamento hospitalar constitui uma preocupação".
A administração desse centro hospitalar aguarda, por isso, a intervenção rápida do Instituto da Segurança Social no sentido de ativar "a unidade de retaguarda que está a ser preparada para a transferência dos utentes que, tendo alta médica, se mantêm internados devido à falta de resposta social" que viabilize o seu acolhimento seguro em casa, em estruturas residenciais para idosos ou noutras instituições.
Todos os municípios para os quais o Hospital São Sebastião funciona como unidade de referência integram a lista dos 121 que apresentam elevado risco de contágio por SARS-CoV-2 e estão, por isso, sujeitos ao dever cívico de confinamento e outras restrições à mobilidade geral.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.275.113 mortos em mais de 51,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 3.103 pessoas dos 192.172 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.