Governo quer aplicar "medidas diferenciadas" nos concelhos mais atingidos
O primeiro-ministro defendeu hoje que deve haver uma diferenciação das medidas aplicadas nos concelhos com maior taxa de incidência de covid-19 caso o estado de emergência seja prolongado a partir de 24 de novembro.
© Lusa
País Covid-19
Esta posição foi transmitida por António Costa em conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, em que também frisou que essas medidas diferenciadas serão aplicadas sem reduzir a sua intensidade.
"No próximo Conselho de Ministros teremos naturalmente a oportunidade de apreciar, se for essa a intenção do senhor Presidente da República, a necessidade de prolongar o estado de emergência", declarou o primeiro-ministro.
Nessa altura, de acordo com António Costa, sem reduzir a intensidade das medidas, o Governo entende que se deverá introduzir "uma diferenciação das medidas" no conjunto dos municípios mais atingidos pela pandemia.
"Sendo o critério o conjunto de novos casos superior a 240 pessoas por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, a verdade é que a realidade é muito diversa no conjunto dos atuais 191 concelhos nestas circunstâncias. Temos concelhos que estão pouco acima dos 242, mas também temos um concelho, que é o que tem maior taxa de incidência, que tem 3,698 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias", justificou o líder do executivo.
António Costa acrescentou que "é necessário adequar e ajustar as medidas à gravidade específica da situação nestes diferentes concelhos".
"E, por isso, foi solicitado à senhora ministra da Saúde [Marta Temido] que através da Direção-Geral da Saúde (DGS) proponha um escalonamento do diferente grau de medidas que deve ser adotado no conjunto destes concelhos a partir de 24 de novembro", disse.
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