Confinamento geral no final do mês? "Não ficarei surpreendido"

Tiago Correia, professor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, foi à TVI24 comentar a pandemia da Covid-19 e foi taxativo. É "prioritário" garantir que temos capacidade para rastrear e saber onde o vírus está.

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Notícias Ao Minuto
17/11/2020 16:49 ‧ 17/11/2020 por Notícias Ao Minuto

País

Covid-19

O professor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, foi entrevistado no Jornal da Uma da TVI 24 e, instado a comentar o aumento dos números relativos à pandemia do novo coronavírus em Portugal e sobre se este confinamento parcial será suficiente, Tiago Correia referiu que é preciso "prudência" e que se "olharmos para os sinais dos últimos dias", verificamos que o número de mortos está a aumentar. 

"Isso significa que, possivelmente, vamos ter de endurecer as medidas nos próximos dias, possivelmente nas próximas semanas, para conseguir reganhar a capacidade de rastrear e saber por onde o vírus está a circular", considerou. 

Tiago Correia explicou que "estamos numa fase de contágio comunitário", ou seja, "o vírus circula, não sabemos bem, não há aqui grupos específicos, não são surtos muito localizados. O vírus está a circular". 

O "prioritário", destacou, "é garantir que voltamos a ter capacidade para rastrear e saber onde é que o vírus está". "Isso é imperativo. Se for necessário um confinamento para fazermos isso, terá de ser feito"

Questionado se ficaria surpreendido se no final do mês entrássemos em confinamento geral, o professor foi taxativo: "Não". "Não ficarei surpreendido face aos números que estamos a ter. Tenho uma noção exata do que isso significa para as pessoas, mas penso que é importante percebermos que temos de ter uma política de transparência em relação à população para gerir expectativas"

Recorde-se que Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 4.452 novos casos (uma variação de 1,97%) e 81 mortes (um aumento de 2,33%) relacionadas com a Covid-19. Os dados constam do mais recente boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), revelado esta terça-feira. No total, já se contabilizaram 230.124 infeções e 3.553 óbitos por cá.

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