Violência doméstica. Ministra confirma maior procura de apoio na 2ª vaga

Assinala-se, esta quarta-feira, o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres.

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© António Cotrim/Lusa

Notícias ao Minuto
25/11/2020 08:38 ‧ 25/11/2020 por Notícias ao Minuto

País

Mariana Vieira da Silva

Mariana Vieira da Silva, ministra de Estado e da Presidência, confirmou, esta quarta-feira, que tem-se registado um "aumento da procura de apoio nesta segunda vaga" da pandemia por parte de vítimas de violência doméstica, no país

Em declarações à SIC Notícias, no Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, a governante realçou que, desde que o surto começou no país, o Governo reforçou a capacidade de resposta de apoio às vítimas de violência doméstica, lançado, por exemplo, novos canais de comunicação de denuncias - Linha SMS 3060 - ou através de contactos realizados pelas autoridades a mulheres que já tinham feito denúncias. 

Ainda assim, Mariana Vieira da Silva, confirmou que nesta segunda vaga os pedidos de apoio de vítimas têm aumentado. Entre os vários possíveis fatores, a ministra sublinhou que este aumento consequentemente de casos de violência doméstica pode ser um reflexo do "sentimento de saturação" provocado pela pandemia que, apesar de "não desculpar nada", aumenta o risco de violência doméstica. "Estamos a procurar mais soluções", garantiu. 

Para além do contexto específico provocado pela Covid-19, a governante realçou que, desde agosto de 2019, o Executivo tem "trabalhado intensamente" - sobretudo, através dos Ministérios da Justiça, Administração Interna e Trabalho, Solidariedade e Segurança Social - com as organizações de apoio às mulheres, "numa ação integrada que permite que todas as mulheres que apresentem queixa tenham nas primeiras 72 horas a resposta que precisam".

"O objetivo é gerar um movimento de confiança a quem quer apresentar queixa", afirmou.

Para a ministra, um dos passos mais importantes que se tem dado nos últimos tempos nesta área, é o início do desaparecimento do "sentimento de impunidade" que está associado aos agressores. Segundo Mariana Vieira da Silva, hoje "as pessoas conhecem melhor a rede que as suporta" e têm mais confiança nas autoridades e na Justiça

"Olhamos para os números do ano passado e verificamos que este ano há menos mulheres mortas, temos mais vítimas protegidas e mais agressores com pulseiras eletrónicas ou presos", argumentou.  

O Governo lançou, esta quarta-feira, uma nova campanha de combate à violência doméstica, desta vez centrada no papel das testemunhas na denúncia deste crime, espalhada por transportes públicos, rede multibanco, hipermercados, estações de serviço ou órgãos de comunicação social.

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