"Lutamos para chegar o melhor possível aos primeiros dias de dezembro"
A conferência de imprensa desta quarta-feira contou com a presença da ministra da Saúde que, admitiu, "não vamos poder ter um Natal igual ao dos anos anteriores".
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País Covid-19
Após terem sido revelados os dados acerca da incidência da Covid-19 no nosso país - mais 71 vítimas mortais e 5.290 contágios do novo coronavírus -, teve início a habitual conferência, esta quarta-feira com a ministra da Saúde, Marta Temido.
A governante esteve no Norte do país onde fez, esta manhã, visitas de trabalho, destacando que nesta região "o número de novos casos por dia permanece elevado", com uma incidência a 14 dias próxima dos "1.300 novos casos por 100 mil habitantes".
A "mensagem essencial" que a ministra quis deixar foi a de que a "capacidade que o Serviço Nacional de Saúde continua a manter-se de responder empenhadamente àquilo que são as necessidades assistenciais".
Marta Temido prosseguiu a intervenção assegurando que "o SNS está a reorganizar-se todos os dias e os seus profissionais estão a continuar a trabalhar para responderem adequadamente". Outro aspeto que ficou "muito claro" nesta manhã de trabalho foram "as transferências de doentes que foram feitas programadamente e atempadamente para outros hospitais da região, para o setor social e privado da região, e também para outros hospitais do SNS fora desta região de saúde".
A governante sublinhou que "este é um aspeto muito positivo", a "capacidade "que estamos a ter de usar melhor o sistema de saúde e o Serviço Nacional de Saúde". Outra nota de destaque foi para "realçar a confiança que mantemos em todos os profissionais de saúde que têm feito um esforço muito significativo por continuar a responder, sacrificando a sua vida familiar e profissional" para responder às necessidades.
"Não vamos poder ter um Natal igual ao dos anos anteriores"
Confrontada com o facto de países europeus já terem começado a definir as medidas restritivas para o Natal e questionada sobre o que acontecerá em Portugal, Marta Temido respondeu que "neste momento, estamos ainda a lutar para chegar o melhor possível aos primeiros dias de dezembro".
Temos "uma nova fase de Estado de Emergência" e "precisamos de nos concentrar em quebrar cadeias de transmissão e em conter a doença", apontou, acrescentando que "alguns países que iniciaram o crescimento desta segunda vaga mais cedo e que adotaram medidas de contenção consequentemente mais agressivas mais cedo, estão, neste momento, a poder antecipar um pouco melhor aquilo que vai ser o final do mês de dezembro".
Assegurando que Portugal está "a fazer essa avaliação", Marta Temido reiterou: "Não vamos poder ter um Natal igual ao dos anos anteriores. Por muito que a situação epidemiológica melhore (...) só daqui a algum tempo conseguiremos perceber exatamente qual é o nível de restrição que teremos nessa altura do ano".
#COVID19PT | O Serviço Nacional de Saúde está a reorganizar-se todos os dias e os seus profissionais estão todos os dias a trabalhar para responderem adequadamente, destaca a Ministra da #Saúde em conferência de imprensa, hoje a decorrer na ARS do Norte. #SNS pic.twitter.com/2hynMFlgGM
— Saúde PT (@saude_pt) November 25, 2020
Armazenamento da vacina? "Muito provavelmente num ponto único do país"
Portugal criou uma equipa de trabalho para as questões relacionadas com as vacinas contra a Covid-19, como a eficiência da vacina e os efeitos logísticos. "Em termos de pontos de entregas de vacinas no nosso país o que sabemos, neste momento, é que todos os produtores vão fazer as entregas nos próprios países", frisou Marta Temido, apontando que "a questão do transporte para Portugal não se colocará".
"Há, depois", a questão do armazenamento, "muito provavelmente num ponto único do país." A ministra disse que se tem estado a trabalhar neste tema, tendo já "soluções e planos para esse armazenamento". Quanto à distribuição pelo país, essas "questões logísticas" estão a ser "trabalhadas". Os planos de distribuição e vacinação vão ser conhecidos "nos próximos dias".
Já sobre qual a população alvo, a governante assinalou que "estamos numa lógica de definição" e estamos a "falar essencialmente de populações em função de grupo etário, de exposição a fatores profissionais de maior risco e também da sua imprescindibilidade para a segurança geral".
“Há muito que Portugal se está a preparar para receber a vacina da covid-19”, disse Marta Temido na conferência de imprensa que hoje decorreu no Porto. “O risco de Portugal não estar preparado para vacinar contra a covid-19 quando a vacina for distribuída é zero”. #SNS #Saúde pic.twitter.com/IQc35pZCPv
— Saúde PT (@saude_pt) November 25, 2020
[Última atualização às 17h13]
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