"A capacidade está estável. Já esteve pior. Hoje de manhã, a situação estava bem, mas a evolução da doença é sempre imprevisível. Nesta altura, há vagas quer na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), quer na enfermaria destinada aos doentes covid", afirmou à agência Lusa Franklim Ramos.
O presidente do conselho de administração da ULSAM destacou a importância da abertura, na quinta-feira, da Estrutura de Apoio de Retaguarda (EAR) instalada no centro cultural de Viana do Castelo, e que atualmente acolhe oito doentes.
"As transferências de doentes para a EAR estão a ajudar-nos porque estão a libertar camas. Deixam-nos mais confortáveis, com uma reserva de camas para podermos trabalhar melhor, e sem necessidade de abrir mais camas [para doentes infetados pelo novo coronavírus]", explicou Franklim Ramos.
Segundo o responsável, os doentes transferidos para aquela estrutura "apresentam condições para ter alta hospitalar".
"Em circunstâncias normais, já estariam em casa, caso tivessem apoio familiar ou outro apoio social", referiu.
Contactado pela Lusa, o presidente da comissão distrital da proteção civil de Viana do Castelo, Miguel Alves, adiantou que os primeiros cinco doentes foram internados no sábado, sendo que hoje a EAR acolhe oito pessoas.
Na quinta-feira, na abertura daquele espaço, Miguel Alves adiantou que a EAR tem 30 camas preparadas, mas pode crescer até às 120 camas.
"No limite, se tivéssemos uma situação de absoluta rutura, de catástrofe, que não prevemos, o espaço está preparado para acomodar 200 pessoas", sustentou o socialista, que é também presidente da Câmara de Caminha.
A EAR foi instalada em abril pela Câmara de Viana do Castelo.
Inicialmente esteve prevista a sua desativação no final de outubro, mas, entretanto, a Câmara de Viana do Castelo e a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) decidiram prolongar o seu funcionamento devido ao aumento de casos de covid-19 na região.