Em declarações à Televisão Pública de Angola (TPA), o diretor do gabinete de comunicação institucional e imprensa do Serviço de Investigação Criminal (SIC), superintendente Manuel Halaiwa, adiantou que os sete homens, com idades entre 26 e 40 anos, foram detidos na quinta-feira passada, no distrito urbano do Palanca (Luanda).
A rede tinha ramificações no Brasil, Portugal, Angola e República Democrática do Congo, indicou.
A ação culminou com a captura do suposto mandante, um angolano conhecido como Binda, de 49 anos, natural de Cabinda, que estava a ser investigado desde 2018.
A rede estava envolvida no transporte dos mais de seis quilos de droga apreendidos em Luanda recentemente num voo proveniente de São Paulo (Brasil).
Até o produto chegar ao destino, a associação criminosa obedece a uma cadeia com mandantes em vários pontos, sublinhou o responsável do SIC.
Um destes, de nacionalidade brasileira, cumpriu recentemente pena por tráfico de droga em Portugal.
Um outro cidadão, supostamente português e conhecido como Tiago, tinha como missão o recrutamento de 'mulas' e o transporte para a capital angolana, Luanda.
O mandante angolano encarregava-se de comercializar o produto e recompensar as 'mulas' e recetores.
A rede integra dois militares e um polícia que serão presentes à justiça militar.
Foram igualmente apreendidas 13 passagens aéreas, três telemóveis, dois carimbos de empresas e duas cartas de condução da RDCongo.
Desde janeiro a 07 de novembro foram abertos nove processos-crime com 15 detidos e apreendidos 39 quilos de cocaína.