"Foram diagnosticados 19 utentes com Covid 19, sendo que um deles acabou por falecer. O utente negativo foi evacuado para a resposta distrital para negativos, situada na Pousada da Juventude", refere, em resposta à Lusa.
Esta manhã, fonte da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) confirmou à Lusa que equipas de saúde pública e da proteção civil encontram-se no lar "O Recanto", depois de alegadamente funcionários se recusarem a entrar por falta de equipamento de proteção individual.
Na altura, a mesma fonte não confirmou, contudo, a existência de um surto de covid-19 naquela residência geriátrica.
Salientado que a instituição em causa, é um equipamento da rede lucrativa, devidamente licenciada, a Segurança Social esclarece que após uma vistoria conjunta realizada esta manhã pela Comissão Municipal da Proteção Civil, com parecer da Autoridade de Saúde Pública, foi decidida a manutenção dos idosos na instituição, por se encontrarem garantidas as condições necessárias para a monitorização e cuidados necessários aos utentes.
Indica ainda que na visita hoje realizada, foi verificado estarem garantidos os equipamentos de proteção individual necessários, tendo sido também a assegurada pela Proteção Civil a desinfeção das instalações.
Em resposta à Lusa, a Segurança Social garantiu também que os utentes encontram-se cuidados e hidratados.
Recorda ainda que a Segurança Social tem ativada uma Brigada de Intervenção Rápida desde o dia 11 de dezembro, constituída por quatro Ajudantes de Ação Direta, para responder à situação de emergência pelo que o acompanhamento aos idosos está a ser salvaguardado.
Esta manhã, em declarações à Lusa, uma fonte da direção daquela residência geriátrica, que não se quis identificar, garantia estar tudo "a funcionar com normalidade", não esclarecendo, contudo, a razão que levou a PSP ao local.
De acordo com uma fonte policial, contactada ao início da manhã pela Lusa, os agentes deslocaram-se ao lar após um telefonema dos bombeiros, que terão sido alertados por um utente para a recusa de entrada dos funcionários.
De acordo com a mesma fonte da PSP/Porto, os funcionários do turno da manhã ter-se-ão recusado a entrar, "até à chegada da Cruz Vermelha e da Segurança Social".
O Porto Canal avançou ao início da manhã que à chegada ao local, a PSP disse "que foi devido à falta de material de proteção à covid-19 que os idosos foram deixados temporariamente sozinhos pelos funcionários do lar".
O Porto Canal acrescentou que "um idoso que se terá sentido mal ligou para os bombeiros para pedir auxílio e estes, quando chegaram ao local, repararam que o lar estava sem qualquer funcionário na instituição".
A Lusa contactou a Segurança Social, mas até ao momento não obteve os esclarecimentos solicitados.
Portugal contabiliza pelo menos 5.733 mortos associados à covid-19 em 353.576 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 23 de dezembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.
Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana e feriados a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo, e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.