"Inicialmente prevista para o último dia do ano, e considerando o atual enquadramento pandémico a nível nacional e municipal, o Desportivo Operário do Rangel, após cuidada ponderação por parte da sua direção e Mesa da Assembleia Geral, crê que não se encontram reunidas as necessárias condições de saúde pública para a organização, em absoluta segurança, de uma prova com esta natureza e especificidade", explicou a organização em comunicado.
O evento, promovido pelo Clube Desportivo Operário do Rangel com o apoio da Câmara Municipal da Amadora desde o seu início, iria realizar a 46.ª edição da prova.
"Apesar de ser uma modalidade de risco baixo, quando garante o cumprimento das medidas preconizadas pela Direção-Geral da Saúde, esta prova não deixa de ser um grande momento de prática de exercício físico associado à boa disposição e alegria, que poderia implicar um risco acrescido e desnecessário tanto para os atletas como para o público", refere o documento.
A organização da São Silvestre da Amadora, que em 2019 contou com mais de 1.800 atletas, promete voltar a organizar a corrida em 2021.
"Em 2021 voltaremos em força, pintando as ruas com o colorido especial dos atletas e de todos os que assistem à mítica e mais antiga corrida de São Silvestre de Portugal continental", salienta.
As corridas de São Silvestre de Lisboa e Porto vão ser disputadas de forma virtual, no último fim de semana de 2020, devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus.
As tradicionais corridas de São Silvestre reeditam a original, a de São Paulo, no Brasil, que foi corrida pela primeira vez em 1925 e teve a sua 96.ª edição adiada de 31 de dezembro de 2020 para 11 de julho de 2021, também devido à pandemia de covid-19.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.685.785 mortos resultantes de mais de 76,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 6.134 pessoas dos 374.121 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.