Em comunicado, a Fenprof indica que a reunião foi convocada pela secretária de Estado da Educação, Inês Ramires, mas na agenda estará apenas um ponto: o balanço do 1.º período, que terminou na sexta-feira, depois de três meses de aulas presenciais em plena pandemia da covid-19.
Os representantes dos professores enviaram, no entanto, um pedido à secretária de Estado para incluir questões concretas como a organização dos horários dos docentes, a falta de profissionais e a situação dos docentes de grupos de risco.
Além destes temas, quer também incluir nos temas em cima da mesa a divulgação das escolas com casos de covid-19 e dos procedimentos adotados, os programas da Escola Digital e da remoção de amianto, e o desenvolvimento do ano letivo em geral.
"A Fenprof propôs ainda que, para além do balanço do 1.º período letivo, seja abordado o desenvolvimento do ano letivo em curso, não apenas no que respeita às questões relacionadas com segurança e saúde no trabalho, mas, também, aspetos relacionados com as condições de trabalho nas escolas e outros que decorrem da Lei do Orçamento do Estado para 2021", lê-se no comunicado.
A reunião com a tutela, que vai acontecer em 7 de janeiro, já depois do início do 2.º período letivo, é agora convocada após vários meses em que a estrutura sindical insistiu para um encontro, incluindo com a entrega de quatro propostas em outubro que, legalmente, deveriam dar início a quatro processos negociais.
Os pedidos sem resposta culminaram numa greve nacional, em 11 de dezembro, com o objetivo, segundo a Fenprof, de expor o bloqueio negocial imposto pelo Ministério da Educação.
"Foi necessário ter chegado à greve para o ministério marcar a reunião há muito reclamada pela Fenprof", recordam, admitindo esperar que o encontro represente "o retomar de um diálogo consequente, dando lugar aos processos negociais indispensáveis para dar resposta, resolvendo, os problemas que afetam as escolas e os seus profissionais".