"As vacinas chegarão à Madeira na primeira semana de janeiro", disse o secretário regional da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, em conferência de imprensa, no Funchal.
"Aquilo que posso dizer, para tranquilizar a população, é que a Madeira está em condições de iniciar o seu plano de vacinação. Só estamos à espera das vacinas", acrescentou.
O governante esclareceu, por outro lado, que as 9.750 doses que chegam em janeiro vão permitir vacinar 4.785 pessoas, num universo de 200 mil elegíveis na Região Autónoma da Madeira.
O Plano Regional de Vacinação Covid-19 estabelece três fases, a começar pela população mais idosa e pelos profissionais do sistema de saúde, público e privado, ao que se seguem as pessoas com comorbilidades e, por fim, o resto da população.
"A estimativa para a primeira fase são 50 mil pessoas. Na segunda fase, 50 mil pessoas. E, no fim, 100 mil pessoas", explicou o diretor regional da Saúde, Herberto Jesus, na mesma conferência de imprensa, vincando que não é possível precisar o 'timing' de cada uma, pois depende da capacidade de fornecimento do produtor - a BioNTech/Pfizer - e da distribuição ao nível europeu.
"O número de pessoas a vacinar [em cada fase] depende da adesão", disse Herberto Jesus, esclarecendo que, além de gratuita e acessível, a vacina contra a covid-19 é também facultativa e só será administrada mediante consentimento do utente.
O responsável indicou que, em princípio, a Pfizer "vai trazer as vacinas à Madeira", sublinhando que a farmacêutica vai dar também formação aos profissionais do sistema regional de saúde no dia 28 de dezembro.
O transporte das vacinas será assegurado pelo Comando Regional da Madeira, sendo que a região dispõe já de dois ultracongeladores com capacidade para 700 litros, para o seu armazenamento a menos 70 graus, num investimento de cerca de 100 mil euros.
Entretanto, o secretário da Saúde e Proteção Civil clarificou que a região necessita de 400 mil doses para garantir a vacinação de 200 mil pessoas, numa população de cerca de 260 mil habitantes.
"As informações que nós temos é que Portugal adquiriu 22 milhões de doses. Isto significa que este investimento na proteção da sua população ascende a 200 milhões de euros", disse Pedro Ramos, indicado que, ao nível da Madeira, o custo será de 4 milhões de euros.
De acordo com os dados mais recentes, o arquipélago da Madeira regista 348 os casos ativos de covid-29, num total 1.289 confirmados desde 16 de março, havendo também a assinalar 11 óbitos associados à doença.
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