Vacinação contra Covid-19? "Esperança sim, euforia não"
Marques Mendes sublinhou que é preciso "ter muito cuidado" na gestão das expectativas dos portugueses sobre a vacinação contra o novo coronavírus.
© Global Imagens
Política Marques Mendes
Ainda que tenha felicitado o dia histórico deste domingo, no qual arrancou a primeira fase de vacinação contra a Covid-19 em Portugal e na maioria dos países da União Europeia, Luís Marques Mendes considerou que é preciso, contudo, "ter muito cuidado" na gestão das expectativas da população sobre o impacto da vacina no futuro.
"Esperança sim, euforia não", aconselhou o ex-líder do PSD, este domingo, no seu espaço habitual de comentário na SIC.
Apelando à prudência, Marques Mendes recordou que, ainda que Portugal tenha adquirido 22 milhões de doses de vacinas, há que ter em mente que "não sabemos quando é que vamos ter à disposição várias delas, porque algumas ainda não foram autorizadas". "Cautela, isto não vem tudo de uma vez", sublinhou.
Posto isto, o antigo ministro dos Assuntos Parlamentares quis ressalvar que este ainda não é o momento de se começar a reduzir as medidas de segurança e que a chegada da vacina não pode promover essa ideia. "É a primeira ideia de que existe uma luz ao fundo do túnel, embora o túnel seja ainda longo (...) Temos de ter prudência, paciência e cautela", advertiu.
Sobre o primeiro dia de vacinação, Marques Mendes defendeu que o facto das primeiras vacinas terem sido administradas aos profissionais de saúde foi uma mensagem de confiança para a população. "É melhor do que qualquer discurso politico", atirou.
Ainda sobre o tema, Marques Mendes deixou um elogio à forma como a União Europeia realizou e coordenou o plano de vacinação contra o novo coronavírus. "Nunca pensei que a União Europeia fosse capaz de tratar das vacinas de 27 países e que recebiam todos as vacinas ao mesmo tempo. É um exemplo absolutamente notável", justificou.
O plano nacional de vacinação contra a Covid-19 arrancou este domingo em Portugal no Hospital de São João, no Porto. O médico infecciologista António Sarmento foi o primeiro português a receber a primeira dose no país. O primeiro dia de imunização começou por volta das 10h e terminou pelas 20h e, durante as cerca de 10 horas, foram vacinados vários profissionais de saúde dos centros hospitalares universitários do Porto, Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central.
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