Também com fila de ambulâncias, Santa Maria à beira da "rutura"
Na zona de espera de assistência a doentes com Covid-19 chegam a ficar "seis a sete ambulâncias durante horas", revelou profissional de Saúde.
© Twitter/ A N Leite
País Covid-19
Depois de na sexta-feira à noite terem sido publicados vídeos nas redes sociais que demonstravam uma dezena de ambulâncias em fila de espera nas urgências do Hospital de Torres Vedras, situação semelhante ter-se-á verificado no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Uma profissional de Saúde do Santa Maria explicou, em declarações à TVI este sábado, que os serviços entraram em rutura a meio de dezembro e que a situação tem-se agravado. Numa imagem partilhada nas redes sociais é possível ver várias ambulâncias a aguardar para deixar pacientes infetados nas urgências.
"Os serviços estão todos cheios e não há vagas nos internamentos. Os doentes continuam a chegar, porque este é um hospital de fim de linha, mas nós não temos capacidade", referiu a mulher ao canal de Queluz de Baixo, acrescentando que na zona de espera dedicada à assistência de doentes Covid-19, chegam a ficar "seis a sete ambulâncias durante horas, porque não temos capacidade para ter doentes lá dentro, nem de os escoar para internamento".
Santa Maria esta noite. Não brinquem pic.twitter.com/CsYDAuxge3
— A N Leite (@al_antdp) January 15, 2021
"São feitos muitos esforços para tentar dar resposta, porque não há recursos para isto. Tudo o que tem sido feito parte do nosso esforço para dar resposta. Em termos de hospital, não temos por onde nos mexer, escapar. É muito difícil", conta.
A profissional refuta, no entanto, que tenha morrido alguém, ao contrário do que ocorreu em Torres Vedras, onde um idoso de 87 anos morreu à porta do Hospital, na passada terça-feira, depois de esperar mais de uma hora dentro de uma ambulância para ser atendido.
Já esta sexta-feira, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) - a que pertence o Santa Maria -, anunciou que vai "alargar de imediato" o seu plano de contingência Covid-19 devido "à grande pressão" na urgência dedicada a doentes respiratórios e nos internamentos. Sendo reforçada a capacidade de resposta da urgência Covid com uma segunda estrutura junto à Urgência Central do Hospital Santa Maria, com capacidade para cerca de 10 doentes.
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