A administração do Hospital Garcia de Orta, em Almada, garantiu, este domingo, que a unidade de saúde não se encontra em "pré-catástrofe", ao contrário do que foi anunciado ontem.
"O Hospital Garcia de Orta não está em pré-catástrofe. Temos uma pressão de procura acentuada, mas estamos a conseguir responder com os meios internos e também com a ajuda da Autoridade Regional de Saúde transferindo alguns doentes para outras regiões", afirmou Luís Amaro, presidente do conselho de administração do Hospital Garcia de Orta, esta tarde, em declarações aos jornalistas, após ter sido realizada uma reunião de trabalho com a ministra da saúde, Marta Temido, no hospital.
De acordo com o responsável, para se verificar uma situação de pré-catástrofe, "é preciso que não haja capacidade de resposta", situação que não se verifica na unidade de saúde. "Ainda temos capacidade de resposta. Vamos aguentar até à pandemia acabar", acrescentou.
Contudo, num balanço sobre a situação no hospital, Luís Amaro informou que, neste momento, há 173 utentes com Covid-19 internados, sendo que 19 se encontram em Unidades de Cuidados Intensivos. Ou seja, "as camas que foram criadas para receber doentes Covid-19 estão todas ocupadas".
Para contornar o cenário, foram transferidos ontem três doentes e hoje serão reencaminhados para outras unidades hospitalares mais três pacientes.
"O apelo que fazemos é que para a população de Almada e Seixal, antes de vir diretamente para o Hospital Garcia de Orta, se dirija às Áreas Dedicadas para Doentes Respiratórios (ADR) de Almada e Seixal, que a partir de hoje estão a funcionar até as 20h00", referiu ainda.
Portugal contabilizou mais 10.385 novos casos de contágio por coronavírus e 152 mortes, nas últimas 24 horas. Com a atualização divulgada este domingo pela Direção-Geral da Saúde (DGS), o país passa a somar, desde o início da pandemia, com 549.801 infetados e 8.861 vítimas mortais.
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