Depois de ter estado cerca de duas horas para votar antecipadamente nas eleições presidenciais no Barreiro, Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna comparou a afluência registada este domingoàs urnas com a "alegria semelhante às primeiras eleições democráticas".
Confrontado sobre as longas filas de pessoas que estão a tentar votar, o governante reiterou: "O que está a acontecer é o grande empenho dos portugueses na participação democrática".
Segundo a informação apurada pelo ministro, "a participação é já superior a 75% dos cidadãos inscritos" para votar antecipadamente, o que representa, insistiu, "uma grande vontade de participação".
Cabrita ainda aproveitou o momento para "transmitir o reconhecimento do governo a todos os portugueses que se inscreveram para participar neste ato eleitoral".
Sobre o cumprimento das regras sanitárias, o ministro ainda referiu que tem tido a informação de que tem sido respeitado o distanciamento social, a utilização de máscaras e que estão a ser cumpridos "todos os cuidados" pelos elementos das mesas de voto.
Os portugueses começaram este domingoa votar, a uma semana das presidenciais de 24 de janeiro, através do chamado voto antecipado em mobilidade, para o qual 246.880 eleitores, um número recorde desde que esta modalidade foi introduzida, em 2019.
Depois da experiência de 2019, nas europeias e legislativas, o voto antecipado em mobilidade alargou-se, das capitais do distrito para as sedes dos concelhos, e o objetivo é simples: evitar grandes concentrações de pessoas devido à epidemia de covid-19 no país.
Quem estava inscrito para o voto antecipado de domingo e não o fez, pode fazê-lo no próximo domingo.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A campanha eleitoral termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
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