CDS quer um teste rápido para cada elemento das mesas de voto

O CDS-PP desafiou hoje o Governo a garantir a realização de um teste rápido a cada elemento das mesas de voto de modo a assegurar que as eleições presidenciais decorrem "como máximo de segurança".

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Lusa
20/01/2021 18:55 ‧ 20/01/2021 por Lusa

Política

Presidenciais 2021

"Seria de elementar bom senso que o MAI [Ministério da Administração Interna] assegurasse um teste rápido a cada membro das mesas de voto por forma a garantir que o ato eleitoral decorre com o máximo de segurança e com todos os padrões de saúde pública", sublinha, em comunicado, o vice-presidente do CDS-PP Filipe Lobo D'Ávila.

O centrista considerou que a realização de um teste de antigénio para deteção do SARS-CoV-2 é necessário já que "quem esteve nas mesas de voto sabe bem que o trabalho de escrutínio é, sobretudo, um trabalho de proximidade".

Lobo D'Ávila acrescentou que no último domingo "o país assistiu incrédulo" ao modo como "decorreu o voto antecipado" e "mais incrédulo ficou quando ouviu as declarações patéticas" do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

O governante considerou que o processo correu bem e relatou uma "alegria do voto semelhante à alegria do voto nas primeiras eleições democráticas".

Os centristas consideraram "delirantes" as declarações do ministro, "imediatamente desmentidas pelas imagens das longas filas de espera", sustentando que houve "desorganização" uma "flagrante incompetência".

"Não há lugar a erro ou a incúria. O grau de exigência tem de ser o mais elevado", prossegue a nota, acrescentando que quando "os problemas não são antecipados, não é o entusiasmo que esconde o que não se fez".

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para domingo e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

Portugal contabilizou 581.605 infeções desde o início da pandemia e 9.465 óbitos associados à covid-19, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Leia Também: Provedora de Justiça Europeia considera "preocupante" caso de José Guerra

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