Covid-19. Lisboa tem menos camas do setor social para lidar com pandemia

O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) explicou hoje que não há na região tantas camas provenientes de entidades privadas do setor social como no Norte para ajudar a combater a pandemia.

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Lusa
20/01/2021 20:28 ‧ 20/01/2021 por Lusa

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Covid-19

 

"Pela simples razão de que não existem. O Norte tem uma quantidade significativa de misericórdias que não existem no sul. No sul só temos uma misericórdia, é pequenina e tem poucas camas", justificou Luís Pisco, em declarações aos jornalistas numa visita ao hospital de campanha montado na Cidade Universitária.

"Nós conseguimos no máximo duzentas e poucas camas, enquanto o Norte consegue quatrocentas e muitas", adiantou, acrescentando que há "disponibilidade e empenho" dos "três principais grupos de hospitais privados" para "combater esta pandemia".

Luís Pisco salientou, porém, que "muitos deles também estão cheios de doentes".

Questionado sobre uma eventual requisição civil por parte do Governo, o presidente da ARSLVT disse: "se não tem recursos não pode requisitar nada".

Luís Pisco referiu ainda que todos os dias há uma equipa que faz "o levantamento de camas vagas" e as gere, realçando também a importância da "solidariedade inter-regiões", uma vez que alguns doentes de Lisboa têm sido transferidos para outros hospitais do país.

"Há três hospitais que estão debaixo de uma maior pressão. São o Amadora-Sintra, Beatriz Ângelo e, por vezes, o Garcia de Orta. E, portanto, esses são aqueles que mais precisam dessa ajuda".

Sobre as filas de ambulâncias registadas no fim de semana nos hospitais de Santa Maria, em Lisboa, e de Torres Vedras, Luís Pisco afirmou que foram consequência de picos de procura excecionais.

Portugal registou hoje 219 mortes relacionadas com a covid-19 e 14.647 novos casos de infeção com o novo coronavírus, os valores mais elevados desde o início da pandemia, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

O boletim revela também que estão internadas 5.493 pessoas internadas, mais 202 do que na terça-feira, das quais 681 em unidades de cuidados intensivos, ou seja, mais 11, dois valores que também representam novos máximos da fase pandémica.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, Portugal já registou 9.465 mortes associadas à covid-19 e 581.605 infeções pelo vírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 143.776 casos, mais 7.935.

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