Menos vacinas compradas? "Não há razão para não estarmos tranquilos"
O presidente do Infarmed assegurou, esta quinta-feira, que "não há aqui nenhuma razão para não estarmos tranquilos quanto às quantidades contratadas pelo país para a vacinação". A reação surge depois de o Jornal de Negócios ter avançado que Portugal deixou de lado cerca de 800 mil doses de vacinas da Moderna contra a covid-19.
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País Covid-19
O presidente do Infarmed assegurou, esta quinta-feira, que Portugal "contratou mais de 30 milhões de doses" da vacina contra a Covid-19, o que ultrapassa as necessidades da população. A reação de Rui Santos Ivo surge depois de o Jornal de Negócios ter avançado que Portugal deixou de lado cerca de 800 mil doses de vacinas contra a covid-19, produzidas pela Moderna, optando por comprar apenas 2,8 milhões.
De acordo com o Jornal, Portugal tinha direito a quase 3,7 milhões de doses, mas não as comprou na totalidade. As restantes doses ficaram à disposição dos restantes Estados-membros.
Em declarações à TSF, o presidente o Infarmed confirma que a opção de Portugal foi de não comprar 800 mil doses da vacina da Moderna porque seriam entregues só no final deste ano e, por isso, o Governo preferiu garantir doses de outras vacinas que têm prazos de entrega antecipados. "Em relação às doses adicionais, olhamos para os prazos de entrega porque essas doses adicionais podem chegar em prazos diferentes. E foi o que aconteceu em relação às doses noticiadas. Havendo outras alternativas que chegariam mais cedo, houve um reforço de outras vacinas e não desta", detalhou.
O responsável assegurou, ainda, que o "país já contratou mais de 30 milhões de doses, em fases diferentes, o que ultrapassa as necessidades" do país. Ainda de acordo com Rui Santos Ivo, "estas quantidades serão distribuídas por prazos de entrega. Não há aqui nenhuma razão para não estarmos tranquilos quanto às quantidades contratadas pelo país para a vacinação".
Ao Negócios, Francisco Ramos, coordenador do plano nacional de vacinação para a covid-19, detalhou que, "no primeiro contrato com a Moderna, foram disponibilizadas 80 milhões de doses de vacinas para a União Europeia, das quais Portugal adquiriu 1,8 milhões, precisamente de acordo com a sua fatia 'pro rata'".
Já no segundo contrato, "que garantiu 80 milhões de doses extras para a UE, Portugal entendeu adquirir apenas um milhão de doses. Porque já nos sobram muitas doses", explicou Francisco Ramos. Já o Ministério da Saúde garantiu que "Portugal adquiriu todas as vacinas possíveis de serem compradas de acordo com a sua população".
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