Fenprof pede que se aproveite pausa letiva para preparar "tempo seguinte"
Fenprof defende que "os quinze dias que temos pela frente terão de ser aproveitados por Ministério da Educação e Governo para preparação do tempo seguinte", tendo em conta as duas realidades: o ensino presencial e o ensino remoto.
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País Pandemia
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) considera que a decisão do Governo de encerrar as escolas era "inevitável", tendo em conta o elevado número de novas infeções e óbitos que a Covid-19 está a provocar no país.
"Poderia, talvez, não se ter chegado a este ponto se, eventualmente, não tivesse havido uma atitude negacionista dos governantes relativamente à propagação do vírus nas escolas", comenta o sindicato, num comunicado enviado às redações.
A estrutura sindical defende que se "tivessem sido realizados testes, adotados procedimentos uniformes e adequados às situações concretas e tornada pública toda a informação sobre a evolução da infeção nas escolas", talvez não tivesse sido necessário encerrar as escolas.
No que diz respeito à decisão de suspender todas atividades letivas, a Fenprof manifesta, desde já, disponibilidade para a discussão sobre o ajustamento do calendário escolar.
Sublinhando que este é um ano letivo que, em vez de resolver, acumula problemas e défices aos que herdou do ano letivo anterior, o sindicato defende que "é necessário levar mais fundo a reflexão.".
"É necessário tomar decisões em relação aos currículos, aos apoios e ao indispensável reforço de recursos humanos nas escolas, às avaliações, às aferições, provas finais e exames e, ainda, ao acesso ao ensino superior", exemplifica, pedindo que se aproveite esta pausa para preparar futuro.
"Os quinze dias que temos pela frente terão de ser aproveitados por Ministério da Educação e Governo para preparação do tempo seguinte, sendo que ninguém consegue hoje dizer se as condições sanitárias, dentro de duas semanas, já permitirão o retorno à atividade letiva presencial".
Assim, de acordo com a Fenprof, o Governo deverá preparar: Por um lado, "o regresso às escolas, melhorando as condições de segurança sanitária em que estas se organizaram e garantindo a realização de testes, seja através de rastreios periódicos, seja de despiste face à existência de casos confirmados de covid-19".
Por outro, "o recurso a ensino remoto, criando condições para que nenhum aluno seja excluído e todos os que necessitarem de apoio a ele tenham acesso".
Ainda no âmbito da preparação do regresso ao ensino presencial, "os professores deverão integrar a próxima fase de vacinação".
Ainda com alguns aspetos por esclarecer, a Fenprof diz aguardar "a eventual publicação de um novo diploma legal e também as orientações do Ministério da Educação para as escolas".
O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira a suspensão das atividades letivas durante 15 dias (sem aulas à distância, como no primeiro confinamento geral), depois de uma reunião com epidemiologistas que decorreu na noite de quarta-feira.
O crescimento acentuado da presença da variante inglesa no país é a razão que explica a decisão do Governo que tanto tentou evitar.
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