A medida entrou em vigor às 00:00 de hoje e vai manter-se até ao final do atual período do estado de emergência decretado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que termina às 23:59 de 30 de janeiro.
O município justificou a adoção da medida com a "situação excecional que se vive e que impôs a declaração do estado de emergência e do novo confinamento", e indicou que estão incluídas nesta interdição "o acesso à praia de Faro e respetivos parques de estacionamento (interior e exterior junto ao aeroporto)" e "o passadiço pedonal, de forma a minimizar o possível impacto ao nível da propagação" do novo coronavírus (SARS-CoV-2).
"Ficam ainda encerrados todos os espaços públicos em que habitualmente se verifica aglomeração de pessoas, tais como passadeiras, marginais, calçadões e praias", acrescentou a Câmara algarvia num comunicado.
Foram estabelecidas, no entanto, exceções para "moradores para assistência e/ou entrega de bens essenciais a pessoas vulneráveis, pessoas com deficiência, filhos, progenitores, idosos ou dependentes, para desempenho de atividades profissionais ou equiparadas e situações de emergência", assegurou o município.
A Câmara de Faro justificou a aplicação destas interdições com a necessidade de "diminuir a probabilidade de contágio", e imprimir "um maior controlo dos casos de covid-19 e inverter o crescimento acelerado da pandemia" que se está a verificar em vários municípios do Algarve e do país.
"O município de Faro entende que existe uma necessidade imperiosa de garantir a inexistência de aglomerados de pessoas e o controlo das distâncias de segurança, situação que se exacerba aos fins de semana, com o reporte de não cumprimento de algumas das recomendações emitidas pelas autoridades competentes, em especial em zonas pedonais e de lazer do concelho", argumentou.
As interdições aplicadas são idênticas às que foram aplicadas em outros municípios portugueses para contrariar a tendência de crescimento do número de casos de covid-19 registado em todo o país.
Vila Real de Santo António, também no distrito de Faro, foi outra das autarquias do distrito de Faro que anunciaram o encerramento do acesso aos passadiços das praias do concelho para "evitar a aglomeração de pessoas" e "travar a propagação" de covid-19, face ao agravamento da pandemia.
As autoridades locais têm condicionada a entrada nos passadiços das praias de Santo António, Monte Gordo e Manta Rota, e só poderão circular nessas estruturas os proprietários e funcionários de restaurantes que aí operem e funcionem em regime de 'take-away', assim como os clientes que forem levantar pedidos, esclareceu o município no anúncio feito através das redes sociais.
A Câmara de Portimão também condicionou o acesso a várias zonas do litoral e espaços públicos no concelho algarvio para evitar a aglomeração de pessoas, e indicou que "foram colocadas baias e sinalização específica para condicionar o acesso e a permanência a zonas onde se tem verificado maior aglomeração de pessoas nos últimos dias".
Trabalhadores devidamente credenciados podem aceder aos espaços públicos condicionados pelo município de Portimão, que também proibiu a utilização dos bancos nos espaços públicos e jardins.
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