Mais de 10,8 milhões de eleitores foram hoje chamados à décima eleição do Presidente da República desde a instauração da democracia em 25 de Abril de 1974, num contexto de pandemia de covid-19 que obrigou as assembleias de voto a aplicarem medidas de desinfeção e afastamento.
O medo de infeção por covid-19 e o confinamento em que muitos eleitores se encontram, além dos hospitalizados devido à doença, são algumas das razões que terão contribuído para uma forte abstenção neste ato eleitoral.
De acordo com as previsões avançadas às 19:00 pelas televisões, a taxa de abstenção nestas eleições deverá ficar entre os 50% e os 60%.
A sondagem da Universidade Católica para a RTP dá uma taxa de abstenção entre os 50% e os 55%, enquanto a projeção da TVI antecipa uma taxa de abstenção entre os 54,5% e os 58,5%.
As previsões do ISCTE-ICS para a SIC apontam para um intervalo entre os 56% e os 60% e a projeção da CMTV antecipa números entre os 54% a 58%.
Ainda assim, foram várias as filas de eleitores registadas nas assembleias de voto, mais lentas devido às medidas de contenção do novo coronavírus, não se registando incidentes durante as votações, mas apenas alguns atrasos na abertura das mesas.
Se um dos candidatos obtiver mais de 50 por cento dos votos expressos, será eleito já hoje chefe de Estado, mas caso contrário haverá uma segunda volta, a 14 de fevereiro, com os dois concorrentes mais votados.
Os sete candidatos apareceram no boletim de voto pela seguinte ordem: Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
Para o sufrágio de hoje estavam inscritos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que nas eleições presidenciais de 2016.