O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) apelou, esta segunda-feira, para que o Ministério da Saúde divulgue o número de vacinas contra a Covid-19 que serão administradas por locais.
"A bem do rigor e da transparência", a força sindical explica em comunicado que quer também que a tutela partilhe a previsão, "ainda que aproximada", de quando irá ser completada a "vacinação prioritária dos profissionais de saúde por hospitais e centros de saúde".
Contudo, o SIM deixou também críticas à ministra da Saúde e acusou o Governo de promover expectativas irreais sobre o processo de vacinação contra o novo vírus no país.
"Apesar dos apelos do Sindicato Independente dos Médicos para o Governo pôr fim à propaganda e criação de expectativas de vacinação para largas camadas da população a curto prazo, mais uma vez, a Sra. Ministra não resiste", apontou o sindicato, numa referência ao balanço apresentado hoje por Marta Temido, no qual a governante revelou que na próxima semana serão vacinados "elementos forças de segurança e dos bombeiros, portugueses com mais de 80 anos, doentes de risco com mais de 50 anos e titulares dos cargos políticos.
Sublinhando que nada tem a "opor a esta 'remodelação' do Plano de Vacinação", o SIM recordou, contudo, que vacinar os médicos e restantes profissionais de saúde "é fundamental para combater a pandemia e defender a saúde da população por eles tratados".
"É obrigatório que, apesar da lentidão da distribuição de vacinas, o Governo se empenhe atempadamente na organização dessa operação logística monumental que é vacinar toda a população portuguesa, de modo a que não tenha de, também aqui e mais uma vez, estar a correr atrás do prejuízo", alertou ainda na referida nota.
Após ter estado reunida com a task force, Marta Temido anunciou, esta segunda-feira, que irá avançar-se para "a vacinação dos outros serviços essenciais" a partir da próxima semana. Neste grupo inserem-se "profissionais de emergência pré-hospitalar, bombeiros, profissionais de serviços essenciais como forças de segurança e também titulares de órgãos de soberania".
Também para a semana começa a "vacinação das pessoas com mais de 50 anos e as comorbilidades identificadas como de risco para o internamento por Covid-19 ou um desfecho fatal". Este grupo, prosseguiu a ministra, "é um universo de cerca de meio milhão de pessoas".
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