O matemático Henrique Oliveira, professor do Instituto Superior Técnico, foi, esta segunda-feira, convidado na SIC Notícias, e traçou um retrato preocupante da realidade da Covid-19 em Portugal. O especialista admitiu que o número de óbitos até ao final de janeiro atinja quase os 13 mil.
"Vamos ter entre 12.300 a 12.700 óbitos acumulados no dia 31 de janeiro. E não vai mudar este número, porque todas as pessoas que vão morrer [até esta data] já estão infetadas e já estão com sintomas e essa evolução vai ser um facto", apontou Henrique Oliveira.
Quanto ao pico dos óbitos, o matemático considerou que "vai acontecer até ao dia 11 de fevereiro". "Esperemos que aconteça, seria menos mau".
Se confinarmos a 15 dias, como forma de evitar a propagação do novo coronavírus, a estimativa é que "34 a 38 mil óbitos no final da pandemia". Contudo, deixa um alerta: "Isto é muito contingente, pode acontecer muita coisa. Pode haver uma vacinação muito rápida e esperemos que estes números não sejam atingidos, mas é o que dizem os nossos modelos".
No final de fevereiro, completou, "iríamos ter entre 18.500 a 19.500" vítimas mortais acumuladas.
De recordar que Portugal contabilizou, nas últimas 24 horas, 252 óbitos e 6.923 infetados por Covid-19, revelou esta segunda-feira, dia 25 de janeiro, a Direção-Geral da Saúde (DGS). Com esta atualização, o nosso país passou a contabilizar, desde o início da pandemia, 643.113 contágios e 10.721 mortos.
Já se encontra disponível o Relatório de Situação de hoje, 25 de janeiro. Consulte o relatório completo em https://t.co/GoTLqOwIOA #Saúde #SNS #DGS #UmconselhodaDGS #COVID19PT #estamoson @DGSaude @govpt pic.twitter.com/YBvnDle6uH
— SNS_Portugal (@SNS_Portugal) January 25, 2021
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