Em declarações à agência Lusa, o presidente da UDIPSS da Guarda, Rui Reis, disse que devem ser cumpridos os critérios definidos para a vacinação, ou seja, "em primeiro lugar devem ser vacinados os idosos das ERPI (estruturas residenciais para idosos) e, cumulativamente, os colaboradores que habitualmente trabalham nas ERPI".
"É importante a vacinação para os idosos e para os colaboradores e é aí que temos que nos concentrar", afirma.
No entanto, Rui Reis defende que sejam também vacinados os dirigentes das ERPI que são "trabalhadores dessas mesmas instituições" e que tenham uma presença diária junto dos utentes.
"Se um presidente que vai à instituição todos os dias não é vacinado, é um mau prenúncio, porque ele próprio é um colaborador ativo" e tal situação "até irá acarretar um risco para os próprios utentes", justifica.
"Agora, [pessoas que pertençam a] outro tipo de órgãos sociais ou outro tipo de técnicos ou de dirigentes que não estejam nas ERPI, obviamente que não aprovo [a sua vacinação] e as orientações que tenho dado é que, efetivamente, não se promova a vacinação", disse o presidente da UDIPSS da Guarda.
Ruis Reis disse, ainda, não ter conhecimento de "relatos de abusos" que tenham envolvido a vacinação de "pessoas que não fossem presidentes das instituições".
Em relação ao plano de vacinação de idosos na região da Guarda, o dirigente referiu que "tudo aponta para que até ao final do mês" a administração da primeira dose da vacina em todas as ERPI do distrito fique "mais ou menos concluída".
"A Guarda é dos distritos que tem, para o caso das ERPI, um número considerável de pessoas vacinadas. Não está na totalidade, mas estamos a aproximar-nos do número total que estava previsto. A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda fez um bom trabalho e está numa fase muito adiantada da vacinação", indicou à Lusa.
A ULS da Guarda "tem trabalhado de forma exaustiva e tem feito um excelente trabalho" que é saudado pela direção da UDIPSS local.
"As coisas estão a correr bem no que diz respeito às ERPI e acho que temos de ficar felizes por isso", concluiu.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.129.368 mortos resultantes de mais de 99,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 10.721 pessoas dos 643.113 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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