Segundo a nota publicada na página oficial da PGR-P na internet, o arguido foi acusado dos crimes de homicídio qualificado, violência doméstica e detenção de arma proibida.
O despacho de acusação, deduzido no dia 21, refere que o arguido e a vítima viveram em condições análogas às dos cônjuges durante 15 anos, tendo contraído casamento em junho de 2019.
"Em agosto desse ano, pela circunstância da vítima ter começado a trabalhar, o arguido passou a sentir ciúmes e desconfiança, começando então a controlar as atividades desta nas redes sociais, a aceder aos seus equipamentos de comunicação, tendo no decurso de uma discussão, empurrado a vítima, fazendo-a cair numa escada, com o que lhe provocou lesões", refere a nota da PGR-P.
O MP acrescenta que no dia 31 de julho de 2020, em Esmoriz, depois de a ofendida ter passado a residir com familiares em consequência da deterioração da relação conjugal, o arguido muniu-se de uma espingarda caçadeira para a qual não tinha a necessária licença e foi ao seu encontro, aguardando-a junto ao local de trabalho, acabando por atingi-la com dois disparos, provocando-lhe a morte.
O arguido, que se encontra em prisão preventiva, foi retido no local por populares até à chegada da GNR.
De acordo com os bombeiros, o homem terá baleado a mulher duas vezes, na barriga e na cabeça, tendo o óbito sido declarado no local.
Na altura do crime, a GNR referiu que não tinha qualquer registo relacionado com crimes de violência doméstica envolvendo o casal.
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