"Perante a gravidade da situação pandémica e o aumento dos internamentos hospitalares, foi necessário priorizar a colocação de doentes na rede, libertando camas hospitalares", afirmou hoje a coordenadora da RNCCI, ouvida na Comissão Eventual para acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da covid-19 e do processo de recuperação económica e social.
Segundo Purificação Gandra, desde março e até hoje foram transferidos dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) 17.538 doentes, mas "o número de doentes a aguardar uma colocação na rede tem vindo a aumentar, sendo hoje de 394 doentes em todos os hospitais do SNS".
"A situação pandémica na rede tem obrigado a uma limitação de camas disponíveis, o que tem sido uma preocupação acrescida, não só com os doentes, mas também com os promotores, o que já levou a medidas excecionais de apoio", referiu aos deputados.
Cerca de 85% dos doentes que estão na RNCCI tem idade superior a 65 anos, adiantou Purificação Gandra, ao salientar que esta rede "não pode ser considerada uma resposta social", mas sim uma estrutura de prestação de cuidados de saúde.
Através de contratos realizados com entidades públicas, privadas e do setor social, a rede está presente em todo o país, com respostas em todos os distritos, prestando cuidados de saúde anualmente a cerca de 50 mil doentes, através de 396 unidades de internamento com 9.500 camas.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.237.990 mortos resultantes de mais de 103,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 13.017 pessoas dos 731.861 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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