A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, apelou, esta quinta-feira, para que a população portuguesa não deixe de ter comportamentos preventivos com a sua saúde em tempos de pandemia.
"O apelo da DGS é que as pessoas não deixem de praticar atos preventivos para melhorar a sua saúde", sublinhou a responsável, em declarações aos jornalistas, numa unidade de saúde em Alcochete, esta manhã, no dia mundial de luta contra o cancro.
Estes atos preventivos, traduzem-se, detalhou Graça Freitas, em "rastreios, vacinação em geral", bem como "todas as medidas que não deixem progredir uma doença crónica", como a realização de "consultas com os médicos de medicina geral e familiar" .
Ainda sobre esta matéria, a diretora-geral da Saúde afirmou que houve "uma aposta forte na confiança dos serviços e nas medidas de prevenção" e elogiou, sobretudo, o trabalho realizado pelas "autarquias, pela Autoridade Regional de Saúde e pela Liga Portuguesa Contra o Cancro".
Por fim, a responsável deixou um último apelo a todas as mulheres: "Façam o rastreio [ao cancro], é a diferença entre ter uma vida longa, feliz e saudável ou uma vida mais complicada".
"A diretora-geral da saúde não precisa de aparecer"
Confrontada pelos jornalistas sobre o facto de não ter estado tão presente no espaço público num momento em que o país vive um agravamento da pandemia, Graça Freitas foi clara: "A diretora-geral da saúde não precisa de aparecer, precisa de trabalhar".
"Esta foi uma fase que do ponto de vista comunicacional se tomaram outras opções e eu continuo a trabalhar como sempre trabalhei. A DGS e os seus parceiros nunca trabalham sozinhos, trabalhamos sempre em parceria. Portanto, é apenas uma fase", acrescentou.
Sobre a demissão do coordenador da 'task force' do plano de vacinação contra a Covid-19, Graça Freitas não quis fazer qualquer comentário, sublinhando que foi uma decisão tomada por Francisco Ramos, "num contexto que todos conhecemos". Ainda assim, deixou "uma palavra de homenagem a toda a carreia" do agora ex-coordenador.
Relativamente aos recentes casos de uso indevido da vacina contra o novo vírus, a responsável desvalorizou a situação e defendeu que o país se deve focar nos pontos positivos, até porque, vincou, o processo está "a correr bem".
"De um modo geral está a correr bem. Não nos vamos apegar às coisas que correm menos bem para denegrir aquilo que está a acontecer e a correr bem" (Graça Freitas)
E acrescentou: "Temos de confiar nas instituições, no plano. E depois, obviamente, que lapsos, erros e falhas existem, (..) mas vamos ver como os conseguimos detetar e prevenir. Agora, vamos olhar para o positivo, que é o facto de 360 mil pessoas terem sido já vacinadas".
Portugal registou na quarta-feira 240 mortes relacionadas com a Covid-19 e 9.083 casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a DGS, cujo boletim diário revelou estarem internadas 6.684 pessoas, menos 91 do que na terça-feira, das quais 877 em unidades de cuidados intensivos (mais 25).
Desde março de 2020, morreram 13.257 pessoas no país, de um total de 740.944 casos de infeção confirmados.
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