Marta Temido destacou, esta manhã, em visita ao Hospital CUF Tejo, em Lisboa, que "desde o início da pandemia que os laços de colaboração entre os vários atores do sistema de saúde português se têm reforçado. Inicialmente aferindo disponibilidades e, agora, mais recentemente, trabalhando ombro a ombro".
"Há muitas lições que, certamente, vão sair desta pandemia e a necessidade de continuarmos a trabalhar ombro a ombro é seguramente uma delas", afirmou ainda a ministra da Saúde, acrescentando que "se não tivesse sido a nossa capacidade conjunta de falarmos, de nos organizarmos, de construirmos pontes, certamente não teríamos conseguido responder a muitos doentes, a muitas famílias".
Hoje, sublinhou ainda a governante, o "país tem cerca de 378 mil inoculações de vacinas" e houve já, "além de 100 mil profissionais do SNS vacinados", também "as vacinações que se iniciam - e que esperamos acelerar - nos vários parceiros do SNS".
Portugal tem hoje "cerca de 3,6 pessoas vacinadas por 100 habitantes", informou Marta Temido: "É um "número que queremos fazer crescer", mas isso depende da "disponibilidade de vacinas" e "também da nossa capacidade de organizarmos o processo o melhor possível de forma a acelerá-lo".
Quanto a desafios pela frente, Marta Temido destacou a "disponibilidade de vacinas" e "a questão de melhorarmos a nossa ação". Neste momento, "a principal dificuldade", reiterou a ministra, "é ainda o número escasso de vacinas para as pessoas que gostaríamos de vacinar".
"Estamos a viver o momento mais crítico"
A acompanhar a ministra da Saúde esteve António Costa que, na sua declaração, referiu que "estamos a viver o momento mais crítico". "Hoje temos cerca de 53 acordos em todo o país com instituições do setor privado e social - 13 desses acordos para tratamento de doentes Covid e, no momento em que cada cama é absolutamente essencial, mais 300 camas disponibilizadas pelo setor privado é muito importante para esta resposta", disse ainda o primeiro-ministro.
Já sobre o plano de vacinação, o chefe do Governo referiu que foi "fundamental" que se "tenha dado prioridade aos profissionais de Saúde - naturalmente aos do SNS -, mas também aos do setor privado que têm acordos de cooperação com o SNS e depois a todos os outros. Toda a população há de ser vacinada".
"Mas há uma realidade que temos todos de compreender: estamos todos dependentes, a montante, da produção por parte da indústria", referiu, acrescentando que "o que foi feito ao longo deste ano" pelos cientistas e profissionais da indústria farmacêutica foi "algo absolutamente extraordinário". "Nunca em tão pouco tempo tinha sido identificada, desenvolvida, produzida, comercializada uma vacina, foi algo em tempo recorde", recordou.
O primeiro-ministro anunciou ainda "uma boa notícia", uma vez que esta semana vão ser disponibilizadas mais 6.100 doses da Moderna para vacinação de profissionais de saúde do setor privado.
[Notícia atualizada às 10h50]
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