"Neste momento estamos numa fase em que conseguimos dar a resposta à nossa população e dar a resposta ao Serviço Nacional da Saúde" pois, sublinhou, há camas disponíveis (230 em enfermaria e mais 50 para cuidados intensivos, das quais apenas nove estão ocupadas) e a situação pandémica na região está controlada, "dado que o índice de transmissibilidade está abaixo de 1".
A Madeira já recebeu três doentes com covid-19 do continente e manifestou disponibilidade para receber mais três.
Pedro Ramos, que revelou também que 5% da população da Madeira já está vacinada e que 2% já esteve infetado pelo novo coronavírus, falava na cerimónia de assinatura de um aditamento ao Acordo Coletivo de Trabalho dos enfermeiros na atual situação de exceção de combate, tratamento e de contenção da pandemia de covid-19.
Ao abrigo deste contrato, assinado pela Secretaria Regional da Saúde e Proteção Civil, vice-presidência do Governo Regional, Serviço Regional da Saúde, Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros, Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira e Sindicato Democrático dos Enfermeiros Portugueses, estes profissionais, mediante as necessidades dos serviços, irão trabalhar 42 horas semanais, recebendo um acréscimo de 37% sobre a base de vencimento.
Depois de agradecer o empenho dos enfermeiros e salientar que nesta área está atingido o pleno emprego na Madeira, Pedro Ramos recordou que o objetivo do Governo Regional é atingir a imunidade de grupo na região (com 60% a 70% de vacinação comunitária) e articular a proteção da saúde com a recuperação económica.
O presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal, Evaristo Faria, considerou, por seu lado, que o acordo é "muito positivo", salientando que irá vigor durante "este período de excecionalidade".
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.285.334 mortos resultantes de mais de 104,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 13.740 pessoas dos 755.774 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.