No Dia Mundial do Doente, Nuno Catorze, diretor do Serviço de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) faz um ponto de situação do combate à pandemia na unidade hospitalar. O especialista deixa ainda um alerta: "Temos de ter uma Páscoa controlada, o que não tivemos no Natal, temos de ter na Páscoa. Vamos ter de limitar visitas, viagens, porque de facto os adultos não aprendem".
O diretor do Serviço de Medicina Intensiva revela que, na unidade, começa a notar-se um "alívio", depois de o CHMT ter tratado, ao longo de um ano, de 150 doentes com Covid, "37% de fora". Fruto do trabalho em rede no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o CHMT recebeu doentes de diversas regiões do país, de norte a sul, designadamente Bragança, Aveiro, Lisboa, Portalegre e Évora.
Ao longo de um ano de pandemia, o perfil dos doentes infetados com SARS-CoV-2 também foi mudando, como constata Nuno Catorze. "De março até meio do ano de 2020, os doentes eram mais idosos, tinham comorbilidades e uma doença arrastada. A partir daí, houve uma "diminuição progressiva da idade", com doentes "mais cansados" e que "demoravam mais tempo a vir ao hospital. Quando eram admitidos já tinham rápida deterioração fisiológica", o que "determina internamentos prolongados" e "se reflete na mortalidade de alguns doentes".
Quando chegar a altura do país desconfinar, a evolução da pandemia irá depender "de nós". Como defende o especialista, "se houver respeito pelas famílias e pelos valores sociais, podemos ter uma vida relativamente normal. Se após o confinamento, após a restrição aos movimentos, conseguimos controlar esta catástrofe, esta hecatombe que havia em termos nacionais, só temos de o fazer de forma regrada e obedecendo àquilo que as regras do bom senso e da DGS dizem. Fiquem em casa".
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