"Temos de ter uma Páscoa controlada, o que não tivemos no Natal"

Nuno Catorze, diretor do Serviço de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), alerta para a necessidade de "ficar em casa" para controlar "esta catástrofe, esta hecatombe".

Notícia

© Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT)

Filipa Matias Pereira
11/02/2021 23:18 ‧ 11/02/2021 por Filipa Matias Pereira

País

Covid-19

No Dia Mundial do Doente, Nuno Catorze, diretor do Serviço de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) faz um ponto de situação do combate à pandemia na unidade hospitalar. O especialista deixa ainda um alerta: "Temos de ter uma Páscoa controlada, o que não tivemos no Natal, temos de ter na Páscoa. Vamos ter de limitar visitas, viagens, porque de facto os adultos não aprendem".

O diretor do Serviço de Medicina Intensiva revela que, na unidade, começa a notar-se um "alívio", depois de o CHMT ter tratado, ao longo de um ano, de 150 doentes com Covid, "37% de fora". Fruto do trabalho em rede no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o CHMT recebeu doentes de diversas regiões do país, de norte a sul, designadamente Bragança, Aveiro, Lisboa, Portalegre e Évora.

Ao longo de um ano de pandemia, o perfil dos doentes infetados com SARS-CoV-2 também foi mudando, como constata Nuno Catorze. "De março até meio do ano de 2020, os doentes eram mais idosos, tinham comorbilidades e uma doença arrastada. A partir daí, houve uma "diminuição progressiva da idade", com doentes "mais cansados" e que "demoravam mais tempo a vir ao hospital. Quando eram admitidos já tinham rápida deterioração fisiológica", o que "determina internamentos prolongados" e "se reflete na mortalidade de alguns doentes".

Quando chegar a altura do país desconfinar, a evolução da pandemia irá depender "de nós". Como defende o especialista, "se houver respeito pelas famílias e pelos valores sociais, podemos ter uma vida relativamente normal. Se após o confinamento, após a restrição aos movimentos, conseguimos controlar esta catástrofe, esta hecatombe que havia em termos nacionais, só temos de o fazer de forma regrada e obedecendo àquilo que as regras do bom senso e da DGS dizem. Fiquem em casa".

Fique com as imagens:

Leia Também: Materno-Infantil de Gaia com melhores condições para descanso dos pais

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas