Estudantes de Erasmus produzem vídeo contra a violência no namoro

Doze estudantes de Erasmus no Porto criaram um vídeo contra a violência no namoro que será lançado no fim de semana nas redes sociais, disse à Lusa Márcia Branco, da Erasmus Student Network (ESN) Porto.

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Lusa
13/02/2021 10:54 ‧ 13/02/2021 por Lusa

País

Violência

 

Resultado de uma parceria entre a Associação Democrática dos Direitos e Interesses das Mulheres (ADDIM) e a ESN Porto, a iniciativa juntou 12 estudantes de Erasmus provenientes de Itália, Espanha, Brasil e Cabo Verde, a que se juntaram portugueses, numa produção com tradução em português e inglês, acrescentou a fonte.

Produzido sob a temática "O amor é!" no âmbito do Dia dos Namorados que se celebra no domingo, os intervenientes, de vários géneros, credos e orientações sexuais foram desafiados a deixar uma mensagem na sua língua-mãe que começasse pelas palavras do tema proposto, sempre que possível com uma imagem por si escolhida projetada atrás, explicou a voluntária da ESN Porto.

Sandra Ngokwey, estudante cabo-verdiana, expressou-se em lingala, dialeto do Congo, respondendo ao desafio com a frase "O amor é o melhor e o único caminho", enquanto o italiano Davide Rociola contou que "O amor está nas pequenas coisas, em fazer algo para alguém sem esperar nada em troca. Como quando cozinho pasta para alguém que amo".

A frase de Sandra surge acompanhada de uma fotografia sua enquanto Davide preferiu alguém a cozinhar para ilustrar a sua mensagem, acrescentou.

O vídeo estará disponível na página da ADDIM no Facebook e nas redes sociais da ESN Porto, revelou.

Números revelados na sexta-feira pela UMAR -- União de Mulheres Alternativa e Resposta sobre a violência no namoro dá conta que "58% dos/as jovens reportam já ter sofrido pelo menos uma forma de violência no namoro e que 67% dos/as jovens legitimam esses comportamentos, ou seja, não os reconhece como abusivos", destacou Carla Branco, presidente da ADDIM.

Sobre as formas de violência mais legitimadas, a responsável da associação disse serem a "perseguição, violência psicológica, violência sexual, controlar telemóvel, com quem sai, controlar amigos e redes sociais"

"Há uma elevada legitimação da violência do namoro, como tal, consideramos urgente continuarmos a trabalhar nas escolas com crianças e jovens pois esta violência é precursora da violência na intimidade adulta", alertou.

 

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