A atriz Carmen Dolores morreu na segunda-feira, em Lisboa, aos 96 anos.
"Era uma atriz de uma delicadeza rara, modesta para quem tão admiravelmente marcou o teatro português e inspirou nos outros o gosto pelo teatro", assinalou o primeiro-ministro na rede social Twitter.
"Carmen Dolores, a atriz que amava a palavra, deixou-nos. Continuará connosco, no palco da memória", acrescentou António Costa.
Era uma atriz de uma delicadeza rara, modesta para quem tão admiravelmente marcou o teatro português e inspirou nos outros o gosto pelo teatro. Carmen Dolores, a atriz que amava a palavra, deixou-nos. Continuará connosco, no palco da memória. pic.twitter.com/avIRMyCjFg
— António Costa (@antoniocostapm) February 16, 2021
Nascida em Lisboa, a 22 de abril de 1924, Carmen Dolores estreou-se nos palcos no Teatro da Trindade, na capital portuguesa, em 1945, integrada na Companhia Os Comediantes de Lisboa, na peça "Electra, a mensageira dos deuses", de Jean Giraudoux, encenada por Francisco Ribeiro (Ribeirinho).
Anos antes tinha iniciado um percurso rádio, como declamadora e atriz, e no cinema.
Retirou-se em 2005, com a peça "Copenhaga", no Teatro Aberto, encenada por João Lourenço.
Em julho de 2018, a atriz foi condecorada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com as insígnias de Grande-Oficial da Ordem do Mérito, numa homenagem no Teatro da Trindade, que incluiu a estreia da peça "Carmen", inspirada nas suas memórias, e a atribuição do seu nome à sala principal deste teatro.
Carmen Dolores foi ainda distinguida com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República Jorge Sampaio, com a Medalha de Ouro da Câmara Municipal de Lisboa, o prémio Sophia de Carreira da Academia Portuguesa de Cinema, e o Prémio António Quadros de Teatro, entre outros galardões.
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