O Serviço de Patologia Clínica do Centro Hospitalar Médio Tejo (CHMT), arrancou esta terça-feira uma nova etapa, ao iniciar os estudos de identificação das variantes mais relevantes do vírus SARS-Cov-2.
Carlos Cortes, diretor do Serviço de Patologia, explica as vantagens deste estudo de identificação das variantes do vírus.
Sobre a variante inglesa, que se tem espalhado por todo o mundo - e que é mais agressiva, tem mais letalidade e é mais contagiosa - , é "importante identificar que doentes são portadores dessa lesão para serem imediatamente isolados (como qualquer doente), mas com mais cuidados.
Este estudo permitirá identificar a prevalência, até em termos geográficos, das variantes mais conhecidas atualmente. Nas próximas semanas, disse o responsável, o Serviço de Patologia Clínica do Centro Hospitalar Médio Tejo estará em condições de avaliar autonomamente a variante inglesa, a de África do Sul, a do Brasil e a da Califórnia.
Essa avaliação vai "permitir-nos ter uma fotografia epidemiológica com imenso interesse". Desde logo, para saber como atuar com os doentes com infeções com essas novas variantes, depois, para perceber a resposta imunitária que estes doentes têm. "Vamos tentar construir um mapa e perceber quais são os predomínios dessas variantes", indicou Carlos Cortes.
Até à data o Serviço de Patologia já realizou mais de 100 mil testes ao SARS-Cov-2 desde o início da pandemia, distribuídos por várias áreas geográficas para além da área de influência do CHMT, nomeadamente, Setúbal, Almada Seixal, Cascais, Loures, toda a zona do Oeste, alguma área do Alentejo e todo o distrito de Santarém.
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