O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, (Hospital Amadora-Sintra), considerou, esta quarta-feira, que as teleconsultas médicas de especialidade "vieram para ficar" na unidade de saúde.
Em comunicado, o hospital começa por lembrar que, no ano passado, "realizaram-se 119.215 consultas médicas sem presença do doente", o que representa um crescimento de 386% face ao ano anterior devido à pandemia.
Após quase um ano de experiência, o Hospital Amadora-Sintra concluiu, então, que esta forma de realizar consultas teve um "balanço bastante positivo".
De acordo com a unidade de saúde, graças às teleconsultas, a "diminuição da atividade que ficou muito aquém dos piores cenários e da diminuição verificada noutros setores hospitalares".
"Existe efetivamente um conjunto alargado de situações em que pode realizar-se uma consulta sem a presença do doente, sem que isso prejudique a qualidade dos cuidados", referiu Ana Monteiro, médica do hospital e Diretora do Serviço de Consulta Externa, na referida nota, acrescentando que estas consultas podem ser uma mais valia para os idosos, que muitas vezes têm dificuldades em dirigir-se às unidades de saúde.
"Esta nova realidade criada pela pandemia veio demonstrar que este é um recurso que pode ser utilizado num conjunto alargado de situações e que colhe o agrado de utentes e profissionais de saúde", adiantou também a responsável.
Ainda segundo o hospital, com a aprendizagem já adquirida devido à pandemia é possível "já pensar noutros passos", estando em preparação a possibilidade de as consultas desta tipologia "serem realizadas através de videochamada com partilha de imagem em tempo real".
"Será um avanço importante, permitindo alargar ainda mais o tipo de situações em que os nossos utentes tenham uma consulta médica sem necessidade de se deslocarem ao hospital", concluiu Ana Monteiro.
Leia Também: AO MINUTO: Corvo inicia vacinação. Atrasos? Portugal "mais prejudicado"