Covid. SIM exige ao Governo que "cumpra o plano de vacinação anunciado"
Sindicato Independente dos Médicos faz cinco exigências e apelos ao Governo liderado por António Costa. Num dos pontos, recomenda que "se conclua a vacinação nos lares e seus profissionais, das forças de segurança e dos bombeiros".
© Global Imagens
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM), num texto publicado no site intitulado 'O milagre da multiplicação e o frenesim das vacinas', faz cinco exigências e apelos ao Governo de António Costa num momento em que, "pelos dados oficiais, só se vacinaram 200 mil pessoas e menos de 40% dos 140 mil profissionais de saúde no seu total".
O sindicato, na mesma nota, revela ainda que "à medida que nos vão chegando relatos de situações e locais específicos", enviou pedidos de "esclarecimento e apelo à vacinação dos médicos à ULS de Matosinhos, ao Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, ao Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, ao Centro Hospitalar do Médio Tejo, à União da Misericórdias, ao SAMS, à Santa Casa Misericórdia de Lisboa, ao Hospital da Cruz Vermelha, entre outros".
Neste seguimento, e "no momento em que "é evidente a incapacidade das empresas farmacêuticas em fornecer à União Europeia o número de vacinas a que se comprometeram e foram contratualizadas", o sindicato afirma que "não pode deixar de exigir ao Governo que cumpra o plano de vacinação anunciado", embora os constrangimentos.
Outro dos pontos exigidos pelo SIM é que o Executivo "revele a percentagem de profissionais de saúde vacinados, por local de trabalho, no SNS, no setor social e privado, e de quando prevê a conclusão". É ainda recomendado que "se conclua a vacinação nos lares e seus profissionais, das forças de segurança e dos bombeiros".
No terceiro ponto da missiva, o Sindicato Independente dos Médicos exige também que se "torne público e de modo transparente o método de seleção e seriação dos cidadãos com mais de 80 anos e os com mais de 50 com patologias", de modo a "evitar abusos e fraudes que um pouco por todo o país vieram a lume, e que não podem ficar impunes".
O SIM apela ainda à responsabilidade do Governo para "não aumentar as expectativas da população em relação ao dia da vacinação, e deixar bem claro que os médicos de família não têm qualquer intervenção nesse agendamento", assim como apela para que o Executivo liderado por António Costa "desenvolva metodologias para rápida e muito frequente atualização das bases de dados que serão usadas na convocação".
Já se encontra disponível o primeiro Relatório da Vacinação contra a COVID-19. Mais informações em https://t.co/bZrOBCJ9BH#UmconselhodaDGS #Sejaumagentedesaúdepública #estamoson pic.twitter.com/KLYkWekG74
— DGS (@DGSaude) February 16, 2021
De recordar que os portugueses ficaram esta terça-feira a conhecer o primeiro relatório semanal de vacinação contra a Covid-19 que, a partir de agora, vai ser publicado semanalmente pela Direção-Geral da Saúde (DGS), de modo a "reforçar a transparência da campanha de vacinação e das suas várias fases".
Os dados do primeiro relatório referem-se às vacinas administradas desde 27 de dezembro até ao último domingo, dia 14. Até a esse dia, 332.762 (3%) tinham recebido a primeira dose da vacina e 199.511 já se encontravam com a vacinação completa (2%).
O Norte é a região com mais pessoas vacinadas (171.789), tendo 3% da população residente recebido a primeira dose e 2% a vacinação completa. No entanto, o Alentejo é a região com maior percentagem de população já imunizada (6% têm a primeira dose e 4% já concluiu o plano vacinal).
A DGS apresenta também dados referentes à vacinação por grupo etário. De acordo com a informação disponibilizada, a faixa etária com mais pessoas vacinadas é a dos 24 aos 49 (131.874 com a primeira dose e 84.231 com vacinação concluída). 79.774 pessoas com mais de 80 anos já receberam a primeira dose da vacina e 42.991 já contam com a vacinação completa (as duas doses necessárias).
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