O secretário de Estado Adjunto e da Saúde pediu, esta sexta-feira, "serenidade" quanto ao desconfinamento porque, apesar de termos "boa luz ao fundo do túnel", é "fundamental diminuir a pressão sobre os serviços de saúde. É preciso que não tenhamos pressa".
Na cerimónia de entrega das unidades móveis de saúde aos municípios da região de Coimbra, o governante defendeu que é necessária "tranquilidade para absorver este conceito de confinamento e para podermos programar, no futuro - que esperemos que seja o mais breve possível -, o gradual e progressivo desconfinamento".
Já no final da cerimónia, questionado pelos jornalistas quanto aos indicadores de testagem, Lacerda Sales fez questão de frisar que "sempre fomos dos principais países a testar e vamos fazer uma testagem massiva ao longo do país".
Enfatizando a "articulação entre a administração central e local" na gestão da pandemia, o secretário de Estado questionou retoricamente o "que teria sido do combate à pandemia se não tivéssemos duplicado as unidades de cuidados intensivos para que hoje haja 9,4 camas por 100 mil habitantes? O que teria sido se não fosse a expansibilidade da rede do SNS?".
"Plano de vacinação está a ser bem executado"
Sobre a vacinação, Portugal tem atualmente "6,3% de população vacinada, dos quais 2,3% com duas doses", o que traduz um "alinhamento com outros países da Europa". No entendimento do governante, "o plano de vacinação está a ser bem executado".
No que aos atrasos do programa diz respeito, Sales assumiu que o Executivo tem naturalmente "responsabilidade" sobre o tema da vacinação, mas o país está dependente "da capacidade de produção e dos mecanismos de aquisição europeia. Precisamos que as vacinas cá cheguem para depois executar o plano, quer ao nível logístico, quer de administração".
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