"A partir do dia 1 de outubro entraram em funcionamento as BIR que permitem responder às necessidades das respostas sociais que, por situação de surto, tenham as equipas de recursos humanos comprometidas, tendo sido já ativadas 431 brigadas", precisa o relatório referente ao estado de emergência entre 16 e 30 de janeiro e entregue na Assembleia da República.
O documento, realizado pela Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência, coordenada pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, frisa que, na região Norte, as Brigadas de Intervenção Rápida mantêm-se devidamente estabelecidas em todos os distritos, sendo ativadas sempre que necessário.
Por sua vez e na região Centro, as BIR foram utilizadas em todos os distritos, mas existiu "uma grande dificuldade" em constituir estas brigadas devido à falta de voluntários.
"Manteve-se a dificuldade das instituições no reforço de recursos humanos, nomeadamente de auxiliares de ação direta e enfermeiros. Para mitigar algumas necessidades pontuais, foram disponibilizados os Voluntários da Família Militar", lê-se no relatório, que dá conta da "forte pressão nos lares e outras estruturas residenciais para idosos" que existiu na região Centro entre 16 e 30 de janeiro.
De acordo com o mesmo documento, nestas estruturas residenciais de idosos da região Centro verificou-se "um aumento substancial de casos" de covid-19, passando de 227 para 282 lares com casos ativos.
Criadas no âmbito de um protocolo entre o Instituto de Segurança Social e a Cruz Vermelha Portuguesa, as BIR, compostas por pessoal ajudante de ação direta, auxiliares de serviços gerais, enfermeiros, psicólogos e médicos, atuam em situação de emergência e têm capacidade de ação imediata na contenção e estabilização de surtos de covid-19 em lares de idosos.
Desde março de 2020, Portugal já registou 16.086 mortes associadas à covid-19 e 799.106 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.
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