"É falso" plano de desconfinamento que está a circular nas redes sociais

O plano de desconfinamento que começou esta quinta-feira a circular nas redes sociais alegadamente em nome do Governo "não tem qualquer veracidade", esclarece o gabinete do primeiro-ministro, garantindo ainda que esta "falsificação será objeto de comunicação ao Ministério Público".

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Filipa Matias Pereira
25/02/2021 12:31 ‧ 25/02/2021 por Filipa Matias Pereira

País

Covid-19

Um documento que começou, esta quinta-feira, a circular nas redes sociais e que antecipa o alegado plano de desconfinamento do Governo "é falso", garantiu fonte da Presidência do Conselho de Ministros ao Notícias ao Minuto. Posteriormente, em comunicado enviado às redações, o gabinete do primeiro-ministro adiantou que esta falsificação será comunicada ao Ministério Público.

O gabinete de António Costa refere que "o suposto plano de desconfinamento, imputado ao Governo, consiste numa adulteração abusiva da tabela de desconfinamento divulgada em abril do ano passado".

"Este documento não tem qualquer veracidade, não é da autoria do Governo, nem se baseia em qualquer trabalho preparatório, pelo que às informações constantes do mesmo não deve ser atribuída qualquer credibilidade", pode ainda ler-se.

Com efeito, e considerando a "desinformação e falsas expectativas que tal documento pode gerar", assim como o "inerente risco para a saúde pública", o gabinete de Costa informa que esta "falsificação será objeto de comunicação ao Ministério Público".

À semelhança do que aconteceu no ano passado, no final do primeiro confinamento, o Governo confirma que se encontra "a preparar os futuros passos de desconfinamento", mas esclarece que os mesmo "serão dados em devido tempo," e em articulação com a estratégia de testagem e o plano de vacinação".

No entanto, alerta o Executivo, "é inoportuno proceder nesta fase a qualquer apresentação ou discussão pública sobre o tema. Este não é ainda o momento do desconfinamento".

O gabinete de Costa lembra ainda que, "tal como referido no projeto de decreto de Sua Excelência o Presidente da República, não é recomendado pelos peritos reduzir ou suspender, neste contexto, as medidas de restrição dos contactos".

O jornal Expresso atribui a autoria do documento que começou a circular a Carlos Macedo e Cunha, colunista convidado do jornal online. O consultor reconheceu ao Expresso a autoria do ficheiro original e esclareceu que este foi “partilhado num grupo fechado de amigos”, tendo sido adulterado por terceiros, que se apropriaram “indevidamente” do ficheiro e colocaram o logotipo do Governo.

[Notícia atualizada às 15h36]

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