Questionado pela agência Lusa o Centro Hospitalar do Oeste (CHO) confirmou "a inutilização de 13 frascos de vacina contra a covid-19", o equivalente a 78 doses, destinadas à vacinação de profissionais.
De acordo com o conselho de administração do CHO, as vacinas foram inutilizadas depois de no dia 19 ter sido detetado, no Hospital das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, "um registo anormal de temperatura no interior do equipamento de frio usado para as acondicionar, por aparente avaria do frigorifico".
Num mail enviado às redações, o conselho de administração refere que já foi deliberada a abertura de um "processo de inquérito para averiguar o sucedido", aguardando a conclusão do mesmo para disponibilizar informações mais concretas sobre a inutilização das vacinas.
Questionado pela Lusa o conselho de administração do CHO especificou que em causa estão vacinas da Pfizer/BioNTech, destinadas a profissionais que aguardavam a administração da segunda dose.
Até hoje "já foram vacinados 1.482 profissionais, dos quais 330 com a primeira dose e 1.152 com a vacinação completa", explicou o CHO, acrescentando que o universo de trabalhadores considerados no processo de vacinação "é de 1.700, já que os trabalhadores que contraíram a doença não estão contabilizados como sendo prioritários".
O Centro Hospitalar do Oeste integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra. Estes concelhos dividem-se entre os distritos de Lisboa e Leiria.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.531.448 mortos no mundo, resultantes de mais de 114 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.351 pessoas dos 804.956 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.